Portugal
Francisco J. Marques: “Benfica quer criar perceção de que o poder está lá”
2017-09-16 08:30:00
O diretor de comunicação do FC Porto falou sobre os emails do Benfica

Na sequência dos emails que tem vindo a divulgar nos últimos meses, Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, fez novas acusações ao Benfica, em entrevista ao jornal "Record", salientando que "ninguém foi capaz de desmentir o que quer que seja".

Para Francisco J. Marques, “o que fica muito claro na história dos e-mails é que há dois Benficas, há um polido, que procura dar uma imagem de pessoa de bem, e depois há um Bendica de ‘bas-fond’, que usa expedientes para retirar benefícios. E estes dois Benficas são liderados por Luís Filipe Vieira. Nós estamos a denunciar o mau, em nome da defesa do futebol." O diretor de comunicação do FC Porto entende, assim, que os dirigentes benfiquistas "têm uma conduta irregular, de interferência sobre as competições. Centra-se essencialmente na arbitragem, através de algumas pessoas que, ou tinham sido árbitros, como Adão Mendes ou Nuno Cabral, ou desempenharam funções de especial relevo na arbitragem, como Ferreira Nunes, e essas pessoas tinham contacto muito direto com Paulo Gonçalves. E com isto o Benfica quis apenas e só uma coisa: obter vantagem desportiva.”

Um dos meios utilizados, segundo Francisco Marques é a "perceção que o Benfica quer criar, de que o poder está lá. Eles querem que os árbitros tenham essa perceção e nós vemos árbitros muito condicionados nos jogos do Benfica e dos seus rivais", defendendo que Paulo Gonçalves "teve interferência absoluta e direta em resultados”.

O dirigente portistas revelou ainda como teve acesso aos emails do Benfica. "Enviaram-me uma cartilha por email. Quando vi aquilo fiquei perplexo e respondi a perguntar como poderia averiguar a veracidade daquilo. Passados 45 minutos recebi outro email com provas inequívocas da veracidade daquilo. Foi assim que se iniciou o contacto", afirmou, garantindo não saber quem está do outro lado. "Não sei se é só uma pessoa, não conheço a identidade."