Pepa não escondeu a felicidade pelo triunfo do Tondela em casa do Portimonense, em especial após estar em desvantagem no marcador.

"O jogo de hoje foi épico por tudo o que aconteceu. A verdade é que, por incrível que pareça, a primeira parte não foi má, faltou-nos ali duas coisas que não podem acontecer e temos de assumir isso. Tenho de realçar e de reforçar que a primeira parte não foi má, apesar de irmos para o balneário a perder por 2-0. Uma equipa que faz perto de 30 remates só merece ser feliz. Procurámos essa felicidade com muita alma, com muita entrega e com qualidade, ninguém se escondeu do jogo, antes pelo contrário, e fomos atrás do jogo com tudo, como se da nossa vida dependesse, como se fosse o último jogo da nossa vida, e isso ficou patente", sustentou.

"Independentemente do resultado que pudesse acontecer, era sairmos de campo com sentimento de tudo termos feito para ganhar o jogo e fizemos tudo. Acabámos por ganhar, numa forma mais do que justa, não gosto de falar em justiça, é quem marca mais golos, é verdade, mas não poderia haver outro resultado, pelo que fizemos, pelo que sofremos. Descemos ao inferno, não se costuma dizer isto, mas é verdade, tocámos lá e tivemos que nos agarrar uns aos outros e fazer destes 45 minutos da segunda parte o jogo da nossa vida", acrescentou.

Para Pepa, o segredo deste triunfo esteve "acima de tudo no caráter e na personalidade dos jogadores".

"É muito difícil uma equipa que está por cima do jogo, com mais oportunidades, com mais remates e, passados 45 minutos, volta ao balneário a perder por 2-0. A jogar em casa, também me custa dizer isto, sem apoio, é duro, muito duro. Tivemos que nos agarrar. Quem me dera poder ajudar aqueles guerreiros que foram lá para dentro e foram uns heróis. Não está nada ganho, foram três pontos, temos muito ainda para percorrer, muito ponto para ganhar, muito jogo para disputar com esta alma e com esta entrega", concluiu.