Em entrevista ao programa das manhãs da SIC, nesta terça-feira, Rui Vitória abordou um tema que tem sido tabu desde que abraçou o desafio no Al-ilal.
O técnico confessou que ficou triste com a saída. “Saí [triste]. É evidente que, quando isso acontece nunca se sai com a felicidade plena”, confessou, recordando o dia em que Luís Filipe Vieira lhe comunica a decisão de trocar de treinador.
Apesar dessa decisão do presidente, e da tristeza que a mesma provocou, não ficaram ressentimentos.
“Temos uma relação muito boa. Sempre tivemos e temos na mesma. Afastámo-nos mas não nos zangámos, evidentemente”, referiu.
Para trás, ficou ainda a “mágoa” de não ter concluído o trabalho que desenvolvia, desde que chegou ao Benfica.
“Nestes três anos e meio, tive uma relação muito forte com as pessoas do Benfica, e particularmente com o presidente. Fomos os dois no mesmo sentido, tendo em vista aquilo que queríamos para o Benfica. Envolvemo-nos muito. Investimos muito de nós mesmos naquilo, acreditando que era aquela a solução. E portanto fica aquela mágoa de deixar um trabalho a meio”, sustenta Rui Vitória.
O treinador, recorde-se, foi afastado do cargo e substituído por Bruno Lage, num divórcio que correu bem para todas as partes: o Benfica foi campeão e Rui Vitória, que partiu para a Arábia Saudita para treinar o Al-Nassr, também terminou o campeonato na primeira posição.