Portugal
FC Porto precisou da segunda parte para desbloquear jogo com Casa Pia
2019-12-05 22:35:00
Primeiro dos três golos dos dragões surgiu só aos 50 minutos

O FC Porto venceu hoje o Casa Pia por 3-0, na segunda jornada do Grupo D da Taça da Liga, mas precisou de 50 minutos para fazer o primeiro golo ao penúltimo classificado da II Liga.

A equipa portista só resolveu a partida no início da segunda parte, quando inaugurou o marcador, na sequência de um lançamento longo de Sérgio Oliveira que apanhou Saravia numa diagonal interior nas costas da defesa do Casa Pia a cabecear para o fundo das redes à saída falhada do guarda-redes Vanderlaan.

No espaço de cinco minutos, o FC Porto conseguiu fazer o que não fez nos primeiros 45, que foi desbloquear o jogo e abrir caminho para um triunfo folgado.

Os ‘dragões' alinharam com apenas um titular (Manafá) em relação ao último ‘onze’, com o Paços de Ferreira, para o campeonato, mas o treinador do Casa Pia também fez alinhar apenas quatro titulares (Simão, Kikas, Kenidy e Caio Marcelo) da equipa inicial frente ao Nacional, na última jornada da II Liga.

Ao sofrer o golo, a equipa da casa subiu imediatamente o bloco na tentativa de chegar ao empate, começou a estender o jogo até à área portista, ainda que sem criar perigo, mas logo se percebeu que isso iria ter as suas consequências em face dos espaços que começou a deixar quer nas costas da sua defesa quer entre setores.

A verdade é que não teve consequências imediatas, porque o FC Porto continuou a jogar a baixa intensidade, o que deu realce à reação do Casa Pia, mas era uma mera questão de tempo para os portistas ampliarem a vantagem, tendo em conta a forma como a equipa da casa se estava a expor nas saídas para o ataque.

Mesmo assim, só aos 68 minutos é que o FC Porto aplicou o ‘xeque-mate' na partida, por Luís Díaz, num lance de contragolpe que apanhou a defesa do Casa Pia desequilibrada no seu flanco direito, para, quatro minutos depois, Soares fechar o resultado com a marcação do terceiro golo, após uma combinação entre Corona, que tinha rendido o colombiano, e Saravia.

O FC Porto chegou ao intervalo sem conseguir chegar ao golo porque jogou sempre num ritmo baixo, com escassas mudanças de velocidade e variações de jogo, o que deixou o ‘bloco baixo' do Casa Pia quase sempre confortável a defender, e porque Soares se mostrou muito perdulário.

Com efeito, mesmo a jogar devagar, devagarinho, o FC Porto criou duas grandes oportunidades de golo na primeira parte, ambas desperdiçadas por Soares, a primeira logo aos quatro minutos, numa ‘bicicleta' na área em boa posição, em que a bola foi rematada por cima da barra, e a segunda aos 31, na qual, isolado a passe de Luís Díaz, fez o mais difícil, ao chutar ao lado.

A primeira parte foi um ‘bocejo’, com o FC Porto a ter mais bola, mais iniciativa, mas pouca ou nenhuma intensidade, e o Casa Pia a defender desde a saída da sua área, com as linhas muito juntas e a conseguir anular as jogadas de ataque dos portistas graças ao espírito de entreajuda e à concentração dos seus jogadores, muito retraídos, porém, e incapazes de estender o jogo até à área do FC Porto, exceção feita a dois lances de bola parada.

Jogo no Estádio Pina Manique, em Lisboa.

Casa Pia – FC Porto, 0-3.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

0-1, Saravia, 50 minutos.

0-2, Luís Díaz, 68.

0-3, Soares, 72.

Equipas:

- Casa Pia: Vanderlaan, David Rosa, Pedro Machado, Caio Marcelo, Simão, Kikas (Sávio, 79), Rodrigo Dantas, Jean, Kenidy (Jorge Ribeiro, 75), Roncatto e Sountoura (Jeka, 66).

(Suplentes: Rafael, Jeka, Jorge Ribeiro, Joel, Lucas, Sávio e Martim).

Treinador: Rui Duarte.

- FC Porto: Diogo Costa, Saravia, Diogo Leite, Mbemba, Manafá (Tomás Esteves, 75), Bruno Costa (Fábio Silva, 75), Uribe, Sérgio Oliveira, Nakajima, Luis Díaz (Corona, 69) e Soares.

(Suplentes: Marchesin, Tomás Esteves, Marçano, Loum, Corona, Zé Luís e Fábio Silva).

Treinador: Sérgio Conceição.

Árbitro: Vítor Ferreira (AF Braga).

Ação disciplinar: Nada a assinalar.

Assistência: cerca de 2.500 espetadores.