Portugal
FC Porto acusa Benfica de “virar o bico ao prego” no caso da detenção do hacker
2019-01-18 14:25:00
Clube não gostou de uma “tentativa de colar o FC Porto” à detenção do pirata informático

“Mudar o foco da atenção, e até da detenção, é a prática a que se tem dedicado alguma comunicação e outros supostos comunicadores na tentativa de colar o FC Porto à prisão de um cidadão português sob suspeita de vários crimes e envolvimento no processo dos e-mails”, escreve o clube, na newsletter Dragões Diário.

O FC Porto aponta um “esforço desesperado para virar o bico ao prego”, num insulto a “qualquer indivíduo com dois dedos de testa”.

O visado nesta newsletter é o Benfica. O objetivo do FC Porto é negar qualquer associação ao hacker Rui Pinto, detido na Hungria e ouvido por um juiz, que decretou prisão domiciliária.  

“Ao contrário do que insinua o Benfica e o exército de cartilheiros, a única ligação do nosso clube ao chamado caso dos e-mails é apenas a de denunciante e vítima de esquemas que adulteraram a verdade desportiva”, apontam os dragões.

“E porque a nossa atividade é no desporto, são essas investigações que pretendemos ver terminadas, para expurgar quem se diz cheio de dinheiro, mas, pelos vistos, o gasta de forma errada, como se percebe até pela classificação e pelo pobre desempenho na Champions”, conclui.

Ontem, num comunicado, o clube comentou a detenção de Rui Pinto e lamentou que essa diligência tenha sido “objeto de notícias e comentários em torno do designado processo dos e-mails, alguns, porém, com a pretensão expressa de associar o nome do nosso clube e da sua sociedade anónima desportiva para o futebol profissional a essa detenção”.

O FC Porto garante que Francisco J. Marques, diretor de comunicação, “teve conhecimento de um volumoso conjunto de e-mails, alguns importantes na sua substância por indiciarem práticas irregulares e eventualmente criminosas no plano da verdade desportiva no futebol profissional”.

“Todo o acervo de e-mails que chegaram ao nosso diretor de Informação e Comunicação, sem qualquer contrapartida financeira ou outra, foi entregue à Polícia Judiciária em simultâneo com o processo de denúncia pública”, garante o clube, que só pede “que seja feita justiça”.