O protocolo assinado pelo Sporting com o Batuque FC de Cabo Verde continua a dar que falar. Agora, André Geraldes, antigo team-manager leonino, e Carlos Vieira, antigo vice-presidente dos leões, apresentam duas versões diferentes.
André Geraldes revela que chegou a ter conhecimento do protocolo mas não passou disso mesmo, no que respeita a si.
"Soube inicialmente do projeto do protocolo mas não tive qualquer intervenção a partir daí. Não conheço qualquer um dos jogadores e desliguei-me desse processo. Soube à posteriori da liquidação do alegado protocolo, quando já nem estava no Sporting. Verifiquem quem assinou e quem autorizou o protocolo", afirma, em declarações à CMTV.
Versão diferente tem o antigo vice Carlos Vieira, que garante que "quem decidiu avançar com este protocolo foram Bruno de Carvalho e André Geraldes".
"Confirmo que assinei o contrato com o Batuque. Este é um contrato de colaboração como têm outros clubes. Um dos objetivos era ter acesso a informação local de jogadores jovens. São contratos genéricos que pagam o trabalho de prospeção", salientou também à estação do grupo Cofina.
Carlos Vieira salienta que assinou o acordo já que esteve foi feito "em sintonia com o departamento de scouting do Sporting" e detalha mais contornos.
"Estranho que Frederico Varandas não tenha mostrado esse contrato. Se não fossem esses jogadores, seriam outros. O valor pago pelo Sporting podia ser descontado numa eventual transferência acordada com o Batuque. Há ainda uma outra cláusula: o Batuque podia comprar um jogador a outro clube e esse jogador ia parar ao Sporting."
O Sporting terá gasto uma verba a rondar os 330 mil euros, ao abrigo de um protocolo estabelecido na presidência de Bruno de Carvalho com o Batuque FC de Cabo Verde. Esse acordo conferia aos leões o direito de preferência de sete jogadores: Fabricio Kone, Admirson Soares, Walter dos Santos Waxel, Widilton Santos Waxel, Kevin Patrick Alves Fortes, Junior Jorge Coelho da Cruz e Julmiro da Silva.
No entanto, não existem registos de quatro de sete jogadores. Daquela lista de atletas, apenas três pertencem ao Batuque FC.
Da parte do clube africano, o presidente João José Cardoso da Silva desmentiu a existência de ‘jogadores fantasma’ num protocolo assinado com o Sporting, ainda na era de Bruno de Carvalho.
