Portugal
“Estamos muito mais perto do destino que definimos há dois anos atrás”
2020-07-09 17:35:00
André Bernardo relembra que quem decide “não pode andar a ziguezaguear ao sabor dos ventos de pressão”

O administrador da SAD do Sporting, André Bernardo, refere, no editorial do Jornal Sporting, que o clube leonino está “mais perto do destino” que definiu há dois anos atrás, na altura em que Frederico Varandas assumiu os destinos do emblema verde e branco.

Para o dirigente, “só erra quem decide” e indica que todos os envolvidos no clube querem “acertar mais e errar menos”.

Ao mesmo tempo, André Bernardo considera que não se deve confundir os conceitos de ‘teimosia’ e ‘tenacidade’ e que quem está nos lugares de decisão “não pode andar a ziguezaguear ao sabor dos ventos de pressão”.

“Qualquer estratégia começa com um objetivo futuro, que depois é trabalhado daí para trás. Hoje estamos muito mais perto do destino que definimos há dois anos atrás”, afirmou André Bernardo.

Como tal, o administrador da SAD aponta três caraterísticas fundamentais que definem o sucesso do clube: material, tempo e qualidade.

Sobre o primeiro conceito, André Bernardo revela que o Sporting tem de ser mais eficiente que os seus opositores e revela que a introdução do modelo Centralizado do jogador permitiu a presença de um maior número de jovens jogadores na equipa principal.

“Foi o que conseguimos fazer com a introdução do modelo Centralizado no Jogador - que nos permite hoje ter na equipa principal seis jogadores de escalões menores que tiveram um desenvolvimento acelerado”, indicou.

Em relação ao “ganhar tempo”, o administrador considera que o mesmo passa por adquirir “material” que o clube considere importante para aumentar a qualidade do processo, dando dois exemplos sobre essa ideia.

“É o que fizemos, por exemplo, na contratação de Sporar e Rúben Amorim”, apontou.

Por fim, André Bernardo considera, no ponto da qualidade, que é preciso perceber “o que é mais importante para chegar ao destino final”.

Assim sendo, o dirigente assume que a decisão de vender Bas Dost, que suportava um salário elevado para as pretensões do clube, foi uma “decisão tática”, sendo que o investimento na Academia e em Rúben Amorim está de acordo com a estratégia definida pela direção do Sporting.

“Alocar 12 milhões para a Academia Sporting (2 milhões até à data), 10 milhões num treinador que aposta na juventude, desenvolver um modelo centralizado no jogador e aplicar a reduzida liquidez na retenção de 89 recursos identificados como alto potencial, é um investimento na Formação com base numa estratégia definida desde 2018”, completou.