António Oliveira, antigo jogador e treinador do FC Porto, participou no programa ‘FC Porto em Casa’ e estabeleceu uma comparação entre o futebol dos seus tempos e dos dias de hoje.

Para o ex-selecionador nacional, as pessoas devem pensar no futebol português como um todo e deixa uma preocupação para o futuro da modalidade.

“Que as pessoas pensem no que é ainda hoje o futebol português, os clubes de Lisboa serem campeões não tem que ser constitucional. Temos quatro poderes, espero que os clubes de Lisboa não sejam o quinto poder da soberania. Faço apenas uma leitura do que está a acontecer”, afirmou António Oliveira.

Futebolista do FC Porto entre 1970 a 1979, Oliveira relembra que o clube portista conquistava poucos campeonatos, mesmo quando a equipa era melhor que os adversários.

Ao mesmo tempo, o ex-jogador refere que “o resultado final” era sempre o mesmo e acrescenta que o FC Porto era sempre prejudicado.

“Éramos os melhores várias vezes, mas o resultado final era sempre o mesmo. Havia mesmo um peso fundamental no exercício de atravessar a Ponte da Arrábida. Sabíamos que éramos sempre prejudicados. Às vezes o FC Porto não tinha uma equipa capaz, quando tinha, cortavam-nos as pernas”, salientou.

Na companhia de Cubillas, António Oliveira recorda a chegada do avançado peruano ao FC Porto, na temporada 1973/74.

Considerado na altura como um dos melhores do mundo, Oliveira destaca o trabalho de Jorge Vieira, chefe de departamento do FC Porto, na contratação do peruano.

"Quando veio era um tesouro, o Jorge Vieira foi um visionário a altura. O dinheiro não e mesmo de antigamente”, concluiu.

Ao serviço do FC Porto, António Oliveira fez 250 jogos, tendo feito por 91 vezes o gosto ao pé.