"Sem demagogias e falsos argumentos e muito menos confundindo a questão da pretensa legalização das claques como a origem que está por trás do que se tem passado", o Benfica nota que nos últimos seis meses dois adeptos encarnados foram hospitalizados na sequência de tumultos em estádios de futebol ou em viagem após jogos a que o Benfica chama de "pura violência gratuita".

"Nenhum dos casos envolveu qualquer tipo de confronto, nem pertenciam a qualquer grupo organizado de sócios. E foram vítimas precisamente de atos perpetrados de forma organizada por elementos de claques", salientam os encarnados.

Na newsletter oficial, o Benfica revela que "foram as ditas claques legalizadas que promoveram o terrível episódio de Alcochete, em que grande parte dos envolvidos nem estavam inscritos como sócios, nem como membros da dita claque".

O clube da Luz lembra também os que "promoveram espetáculos degradantes" que se assistiram "no final da época passada, de profissionais de um clube a terem que se sujeitar a uma humilhação pública".

Aqui chegados, o Benfica entende ser chegado o tempo de se realizar uma "célere identificação e punição dos verdadeiros prevaricadores", e criar leis "que não sirvam apenas para legalizaram uma espécie de crime organizado".

Além disso, o Benfica pede se "enfrente com coragem quem se considera acima das leis e exiba em todo o lado o seu poder de ameaçar e coagir tudo e todos a seu bel-prazer."

O emblema da Luz pede que o futebol seja "uma festa" e, por isso, apela a que este tema seja encarado "sem clubites, sem olhar a cores" e com "todos assumindo as suas responsabilidades".

No último sábado, um adepto do Benfica foi hospitalizado depois de ter caído na bancada do Estádio Cidade de Coimbra, durante o duelo entre Académica e Benfica, na sequência de tumultos.