Depois de dois anos ao serviço do Vitória de Setúbal, Edinho mudou-se para o Feirense. O avançado internacional português vai vestir a camisola dos fogaceiros na Liga em 2018/19 e revelou os motivos que o levaram a assinar pelo emblema de Santa Maria da Feira.

"O projeto aliciante de solidificar o clube na Liga. Sempre acompanhei a equipa, não só pelo facto de ter sido adversário, mas porque tinha muitos amigos aqui. Sempre me falaram bem da estrutura. (...) Sinto que fui muito bem recebido e que as pessoas acreditam do meu valor, ao contrário das dúvidas que senti noutros lados, essencialmente por causa da minha idade. Aqui olharam ao meu rendimento e ao que fiz em Setúbal", disse Edinho em entrevista ao jornal 'Record'.

A saída do Vitória de Setúbal foi outro dos temas fortes do discurso de Edinho, que ficou magoado com a falta de frontalidade do clube sadino. "Por tudo aquilo que fiz e ajudei a conquistar naquela casa, senti que houve receio de dizerem que não contavam comigo. O Sandro [Mendes] e o presidente falaram-me em continuar. Até me disseram que podia ir de férias, porque bastava a minha palavra para renovar. Dei a minha palavra e depois apercebi-me da realidade quando o treinador Lito Vidigal disse que os jogadores que ainda não renovaram é porque não queriam renovar. Foi quando decidi abordar as pessoas e percebi a mensagem pela descida drástica do salário que me propuseram."

Sobre a Seleção Nacional, o ponta-de-lança garante que podia ter "sido muito útil" a Portugal no último Mundial, tendo acreditado até ao fim que podia ser convocado por Fernando Santos. "Alimentei esse sonho até ao fim, mas não se concretizou e sem dúvida que, pelo modo como Portugal joga, acredito que teria sido muito útil à Seleção e ainda posso vir a ser, mas primeiro tenho de ser importante aqui no Feirense para merecer uma nova oportunidade", explicou.

E o fim de carreira? Edinho admite que não pensa nesse momento e garante que quer jogar até ter, pelo menos, quatro décadas de vida. "Sinto-me capaz de jogar mais quatro anos ao mais alto nível. Sei que pode parecer estranho porque tenho 36 anos, mas o meu pai jogou até aos 39 e eu também tenho o desejo de continuar a jogar até aos 40 anos", frisou.