A possibilidade de adeptos nas bancadas em próximas jornadas da I Liga foi comentada pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, na apresentação do boletim epidemiológico desta sexta-feira, que dá conta de mais 10 mortos e mais 377 infetados com covid-19 em Portugal.

Graça Freitas foi confrontada com o racional sanitário que permite um concerto de 2000 pessoas, no Campo Pequeno, ao mesmo tempo que se impede a presença de adeptos nos estádios, com naturais medidas de segurança.

“Uma coisa são os ajuntamentos, outra são os comportamentos. Numa sala de cinema, as pessoas estão separadas e têm um tipo de comportamento que não é passível de efusão. Numa sala de cinema, as pessoas não são efusivas. É diferente estar numa sala de cinema e num estádio de futebol”, justificou.

“Não sei se nas próximas semanas podemos mudar as recomendações do futebol. Temos só dois dias com jogos. Temos de esperar o que se passa, se o código de conduta é adequado, os resultados dos testes a jogadores. Mas temos de ser muito cautelosos”, adiantou ainda.

Graça Freitas lembrou que as determinações aplicadas no futebol, para cumprir o distanciamento social, “já evoluíram para outras fases”.

As autoridades vão “continuar a acompanhar”, para verificar “se existem casos, os resultados dos testes a jogadores”, para decidir “se o comportamento dos adeptos permite a abertura ou não”.

A diretora-geral de Saúde indica que, “perante a avaliação do risco, vão sendo recomendadas medidas”. “Como sabem, temos de tomar decisões em alturas diferentes. As decisões no futebol foram tomadas precocemente e, na altura, o adequado era estádios sem público”, lembrou.