Portugal
Duas cerejas no topo do bolo embalam o CD Tondela rumo à salvação
2018-03-04 14:30:00
Um golo pouco antes do intervalo e outro nos últimos instantes do jogo deram em triunfo do CD Tondela sobre o GD Chaves.

Foram duas as cerejas no topo do bolo para Pepa na manhã deste domingo. O CD Tondela venceu na receção ao GD Chaves por 2-0, com os golos a chegarem nos instantes finais de ambas as partes. Num jogo que viu os flavienses entrarem em campo com o intuito de assumir as despesas do jogo, tanto no início como no regresso dos balneários, foram os tondelenses quem capitalizou na eficácia, algo que faltou à turma de Luís Castro.

Foi precisamente com o GD Chaves a tentar assumir o controlo, desde cedo, que o encontro começou. Nos minutos iniciais vislumbrou-se um CD Tondela a dar primazia a uma estratégia assente na colocação da bola nas costas da defensiva adversária. Podia parecer que seria essa a toada durante toda a partida, mas os comandados de Pepa assim não o quiseram e com o passar dos minutos conseguiram superiorizar-se dentro das quatro linhas. À passagem do minuto 15, eram os beirões quem tinham maior presença no meio-campo adversário e Pedro Nuno deixou dois avisos a Ricardo, com um livre direto e um remate de fora da área.

Verificava-se um jogo de futebol bem disputado no Estádio João Cardoso, com as duas equipas a lutar pelos três pontos, facto evidente na intensidade colocada nas disputas de bola, um dos dados mais constantes ao longo dos 90 minutos. As oportunidades de golo começaram a surgir aos 20 minutos, primeiramente por Tyler Boyd, com um remate ao poste da baliza flaviense, após um passe exímio de Tomané. Aos 22’, foi a vez de Davidson obrigar Cláudio Ramos (mais uma exibição de alto nível para os livros) a sacudir a bola para fora de campo na sequência de um cabeceamento.

Após a meia hora, chegou o momento de Matheus Pereira pegar no jogo, como só ele sabe. A maior percentagem dos lances ofensivos do GD Chaves passaram pelos pés do jovem criativo, que fez da condução de bola uma das principais armas de ataque à baliza tondelense. O jogador emprestado pelo Sporting ao GD Chaves tentou a sorte, de fora da área, um par de vezes, mas sem sucesso. Ao invés, foi o CD Tondela quem se adiantou no marcador, num dos momentos mais cruciais para o desfecho de uma partida de futebol. Poucos minutos antes do intervalo, mais precisamente aos 43’, num lance de insistência (bem característico deste CD Tondela de Pepa), com David Bruno a cruzar para a área dos transmontanos na qual Ricardo Costa apareceu ao segundo poste, ganhou a disputa com Paulinho, e cabeceou para o golo. Ora aí estava a primeira cereja no topo do bolo para a equipa da casa.

O segundo tempo começou, adivinhe-se, precisamente da mesma forma que o primeiro. Luís Castro colocou a sua equipa a tentar dominar o jogo através da circulação de bola, em busca da desejada igualdade no resultado. No entanto, o CD Tondela até foi conseguindo equilibrar as despesas da partida, com a falta de oportunidades flagrantes de golo a ser a principal constante no começo dos segundos 45’. Tudo mudou pelo dedo de Luís Castro, com duas mudanças. As entradas em campo de Stephen Eustáquio e Jorginho agitaram as águas e desde aí os flavienses estiveram por cima.

O GD Chaves cresceu e foi através de uma pressão constante que se fez o último quarto de hora do jogo. O CD Tondela passou a maior parte desse tempo no próprio meio-campo a tentar salvaguardar os preciosos três pontos que pareciam fugir a cada aproximação transmontana à baliza de Cláudio Ramos. No final, a expressão “quem não marca, sofre” fez-se sentir, num lance que volta a trazer polémica ao VAR. Aos 90+7’, Tyler Boyd ganhou uma disputa com Maras a meio-campo, na qual agarrou o jogador do GD Chaves, e correu com bola até à área adversária, onde encontrou Tomané, que rematou para o fundo das redes. O lance ainda foi analisado pelo vídeo-árbitro, que erradamente deixou seguir e contabilizou o golo. Ora aí está a segunda cereja no topo do bolo para os tondelenses, que com este triunfo respiram (e muito!) no que diz respeito à luta pela permanência. O GD Chaves, por seu turno, encontrou um obstáculo naquela que parece ser uma cada vez mais séria candidatura à Europa.