Dois minutos na primeira parte que mudaram a vida do Vitória de Setúbal no jogo com o SC Braga no Bonfim e que permitiram aos sadinos conquistarem a primeira vitória no campeonato. Este o melhor resumo de uma partida que até começou melhor para a equipa bracarense, com uma entrada forte no jogo e a criar lances de golo, mas que se transformou numa montanha para subir que nunca conseguiu escalar.
O SC Braga, que quinta-feira tem jogo europeu com o Hoffenheim, entrou decidido a resolver o jogo de forma a ganhar vantagem no marcador e poder gerir a partida. Abel Ferreira lançou um onze de ataque, com Fábio Martins, Ricardo Horta e Xadas no apoio a Paulinho, o que o obrigou o Vitória FC a apresentar cautelas ao início.
Nos primeiros vinte minutos, o jogo foi todo do SC Braga a chegar com frequência à área e a criar lances de perigo. Do lado sadino, as linhas estavam recuadas e Couceiro sofria a contrariedade de ter de esgotar uma substituição logo aos 13 minutos por lesão de Patrick, lançando André Sousa. A profundidade que Fábio Martins e Ricardo Horta davam ao jogo dos bracarenses, com um forte jogo interior, colocavam en sentido a defesa viroriana que, porém, ia respondendo à altura.
Acabou por ser contra a corrente do jogo que o golo do Vitória de Setúbal chegou e teve muito a responsabilidade do guarda-redes Matheus que cometeu um penálti infantil. Gonçalo Paciência não descurou a oportunidade para marcar o primeiro golo na Liga e os sadinos viam-se na frente do marcador. Couceiro tinha-se queixado da falta de eficácia da equipa nos últimos jogos, mas deste não pode dizwr o mesmo. O Vitória fez seis remates no total, três deles à baliza, e marcou dois golos, o segundo por João Amaral, após assistência de Gonçalo Paciência, dois minutos depois do primeiro.
A partir daqui, a relação de forças mudou e até ao intervalo o V. Setúbal esteve por cima com o trio João Amaral, João Teixeira e Gonçalo Paciência a criaram desequilíbrios no último terço. O SC Braga era, nesta altura, uma equipa que aparentava alguma desorganização em campo, a perder a batalha do meio-campo onde a dupla Podstawski/Pedrosa começava a ser um muro de betão onde as transições ofensivas do SC Braga paravam.
Para a segunda parte, o SC Braga entrou com tudo enquanto o Vitória de Setúbal procurou gerir a vantagem. Abel Ferreira lançou João Carlos Teixeira para o lugar de Xadas, José Couceiro respondeu lançando Willyan para reforçar ainda mais o meio-campo. A preocupação do treinador sadino era evidente. Impedir o forte jogo interior do adversário. O jogo entrou numa fase incaracterística, com muitas faltas e passes errados. Para a última meia-hora, Abel Ferreira foi ainda mais longe na sua aposta de risco e lançou de uma assentada Vukcevic e Hassan e o jogo soltou-se. De um lado, o SC Braga a tentar fazer o último assalto à baliza de Trigueira, agora com futebol direto e cruzamentos de Jefferson para a área à procura de Hassan, do outro lado o VItória FC seguro a defender e a gerir o ritmo do jogo.
O Vitória FC acaba por vencer com justiça. Soube agarrar o facto de ter ficado com uma vantagem de dois golos em dois minutos ainda na primeira parte e depouis gerir o jogo. O SC Braga durou 20 minutos e denotou depois alguma falta de ideias na construção ofensiva. A rever para o jogo europeu com os alemães do Hoffenheim.
