O presidente da SAD do Famalicão, Miguel Ribeiro, passou pelo World Scouting Congress para explicar como o projeto do clube foi "musculado com dinheiro" da Quatum Pacific, parceiro fundamental para a futura independência da SAD.
O gestor avisou que o futebol português tem "receitas curtas para se trabalhar a um certo nível", que implica "dois campos relvados" e um "acompanhamento dos jogadores de excelência".
No caso do Famalicão, o clube beneficiou da passagem de SDUQ para SAD, "musculando o projeto com dinheiro" da Quatum Pacific.
"A Quantum Pacific deu um empurrão, agora cabe-nos a nós tornar a SAD realizadora de valor", reforçou.
Essa sustentabilidade vai depender dos direitos televisivos, com o dirigente a acreditar "que a centralização vai chegar entretanto", e com a venda de jogadores.
"O mercado representa a sustentabilidade. Nos próximos 11 anos, o valor do futebol vai dobrar e, assim, dificilmente a SAD do Famalicão vai ser vendida nos próximos 11 anos", salientou o presidente da SAD famalicense.
A equipa sensação do campeonato tem apostado num projeto semelhante ao do Mónaco, no tempo em que Luís Campos era o diretor desportivo.
"Queremos ser vistos para nos mexermos no mercado. A escolha do treinador tem muito a ver com isso. Os quatro jogadores do meio campo têm 20 anos, ou seja, o nosso foco é este perfil de médios, que vai de encontro à ideia do treinador", exemplificou.
O Famalicão tem uma equipa "com 21 jogadores novos", o que não permite – ainda – a estabilidade desejada.
"O futuro vai trazer menos atividade [no mercado], o processo vai ser pautado pela estabilidade e atingiremos a maturidade daqui a três ou quatro anos", concluiu Miguel Ribeiro.