Rui Gomes da Silva dedica grande parte do comentário semana no blogue 'Novo Geração Benfica' a falar sobre a forma como as águias se têm apresentado na Europa do futebol e, recentemente, a nível interno, levando-o a crer que o Benfica está "10 anos à frente de coisa nenhuma", recordando palavras de Vieira que por várias ocasiões reiterou que o Benfica está "10 anos à frente dos rivais".

"Estamos fartos de ouvir o atual presidente do Benfica dizer que estamos 10 anos à frente dos nossos adversários! Mas todos nós sabemos que essa não é a realidade. Se o fosse, não seria cada vez mais difícil vencer internamente perante uma concorrência cada vez mais fraca", assinala, falando daquilo que crê ter levado o Benfica a esta situação.

"Um conjunto de erros estratégicos, de falta de visão, de alianças espúrias, de conflitos de interesse, de más decisões em termos táticos. Mas, também, por falta de convicção nessa mesma possibilidade de lutar na Liga dos Campeões".

O ex-vice-presidente encarnado sublinha que o plantel não foi construído como este considera que deveria ter sido e aponta-lhe debilidades, aproveintando para explicar o que teria feito se fosse presidente ao nível das contratações.

Rui Gomes da Silva aponta críticas ao discurso de Bruno Lage, nos últimos tempos, que, no seu entender, deixou de ser um treinador "à Benfica", como na época passada, para ser agora o treinador "do Benfica".

"Como pôde Bruno Lage ter gostado de um jogo [na Liga Europa] em que só meteu Samaris já nos descontos, ele que - como todos já percebemos - tem de jogar sempre, para além de ser, hoje, o porta estandarte dessa mística e dessa vontade de ganhar de que se fazem os campeões?", questiona, levantando ainda dúvidas em relação ao posicionamento de Chiquinho e a opção em Adel Taarabt.

O antigo dirigente do Benfica sublinha que "17 anos depois de chegar ao poder no Benfica", Vieira "continua sem uma equipa que ganhe 'de caras' ao Shakhtar, como a quase todas as outras equipas na Europa".

Tudo somado, Gomes da Silva sustenta: "Nos últimos anos, os nossos resultados na Liga dos Campeões só nos têm envergonhado. Estamos muito longe do sonho europeu", realça, deixando um aviso para o que aí vem no futuro.

"O problema é que ou voltamos, rapidamente, a esses registos, a esse Benfica europeu conquistador, sem medos, jogando de igual para igual com os grandes da Europa ou seremos reduzidos a uma mera expressão nacional!"