Bruno Costa Carvalho anunciou ontem a sua recandidatura à presidência do Benfica, apontando como prioridade a recuperação do prestígio europeu do clube da Luz.

Apesar de reconhecer que a realidade financeira dos encarnados é hoje melhor do que em 2009, aquando da sua primeira candidatura, Bruno Costa Carvalho antecipa uma ameaça.

“Felizmente, hoje, em 2020, as contas do Benfica estão bem melhores, longe do que podiam estar, diga-se, mas muito mais sólidas. No entanto, há uma nova nuvem no horizonte e não menos ameaçadora: a potencial criação de uma Superliga europeia (ou algo do género) e que o Benfica seja afastado dessa competição devido à mediocridade sistemática da performance na Liga dos Campeões”, realça o candidato.

Costa Carvalho coloca os encarnados numa segunda linha europeia, sendo que os clubes poderosos não pretendem este tipo de adversários.

“Os clubes poderosos e de grande performance querem jogar entre si, exponenciando, dessa forma, as suas receitas e não querem jogar com clubes de segunda linha que só perdem”, escreve.

“Infelizmente, o Benfica europeu não existe e somos totalmente irrelevantes. Vimos, por exemplo, um clube como o Atlético de Madrid a subir imenso na sua importância graças a sucessivas presenças fantásticas na Liga dos Campeões, mesmo que internamente não seja campeão quase nunca”, aponta.

E é essa a questão que Bruno Costa Carvalho pretende “trazer para debate”, nestas eleições: “Que equipa de futebol queremos e que modelo de negócio podemos ter no futebol. Vieira e a sua equipa pensam, erradamente, que a venda de jogadores é a única forma de sustentar o clube. Estão enganados”.

Bruno Costa Carvalho promete “uma campanha limpa” com “debate de ideias”, com “elevação e categoria”. “Será isto possível no Benfica? Veremos...”, conclui.