Veiga Trigo, antigo árbitro internacional, considera que o Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) "não tem pessoas à altura para dirigir a arbitragem portuguesa" e "deveria ser destituído".

Em declarações à 'Renascença', o antigo juiz sugere que as nomeações sejam conhecidas de forma antecipada como antigamente, no tempo de Vítor Pereira, em que eram divulgadas à terça-feira, para conhecimento de tudo e todos.

"A divulgação imediata resolveria o problema avisando os árbitros para não frequentarem certos e determinados sítios e não aceitassem chamadas telefónicas de números desconhecidos", considera Veiga Trigo numa opinião que Marco Ferreira, também ele antigo árbitro, apoia.

"Há muita gente envolvida na Federação, Liga, serviços de motoristas, hotéis, etc". Daí que seja "muito difícil esconder o nome dos árbitros para os jogos" e "deveriam ser públicas como antigamente, logo no início da semana".

Nesse sentido, tal como Veiga Trigo, Marco Ferreira considera que "a melhor solução é abrir a informação e tornar a arbitragem cada vez mais transparente sem a ocultação".

O madeirense sustenta ainda que também é fundamenta um "aumento dos castigos, como acontece em Inglaterra, para ser punido severamente quem fale dos árbitros antes e depois dos jogos".

A polémica com as nomeações dos árbitros tem estado na ordem do dia, depois de serem conhecidos nas redes sociais os árbitros para os jogos de FC Porto, Sporting e Braga antes da oficialização por parte da FPF e da Liga. César Boaventura, empresário de futebol, divulgou alegadas trocas de mensagens entre elementos dos Super Dragões que teriam conhecimento prévio das nomeações, cenário que a claque portista já desmentiu, nesta segunda-feira, em comunicado.