Abel Ferreira fez uma declaração aos jornalistas, há momentos, antes da conferência de imprensa de antevisão do jogo com o Marítimo, marcado para este sábado, às 15h30.

Em causa estão acusações feitas durante a semana. Abel Ferreira não quis especificar o alvo destas palavras, mas estaria a referir-se aos comentários à derrota com o Benfica.

Convidado a especificar o motivo destas palavras, falou apenas em “insinuações com impunidade, em direto, na televisão”.

Muito crítico, Abel proferiu uma frase forte: “Com muita pena minha, acho que ainda estamos longe de bater no fundo”.

“Estou aqui para valorizar o futebol e tenho pena que quem faz a guerra não esteja lá dentro. Isto tem sido constante ao longo da época. Não há valores humanos. Não existe um pingo de vergonha”.

“Há uns meses disse-vos que, se não tivéssemos cuidado, estaríamos a incitar ao ódio. E a rivalidade passou a ser ódio. Fico triste que não se lembrem que, atrás do profissional de futebol, do jogador, treinador ou presidente, há uma família e um homem e, neste momento, vale tudo: acusar o caráter e o profissionalismo dos meus jogadores e equipa técnica, do nosso presidente e, para agravar, dos nossos adeptos, insinuar, insultar, injuriar, tudo e mais alguma coisa em direto e com total impunidade", lamentou.

Abel Ferreira defendeu não só os jogadores, mas também a estrutura arsenalista e os próprios adeptos: “Se me quiserem acusar de que a equipa joga mal, eu aceito, agora pôr em causa o profissionalismo e dignidade dos meus jogadores, dos nossos técnicos, do nosso presidente, dos nossos adeptos, não aceito. O que me apetecia fazer era silêncio. O futebol precisa de silêncio”.

O técnico do clube minhoto referiu que só esteve na sala de imprensa para que esse silêncio que desejaria não fosse aproveitado para prolongar todos os comentários que lamenta.