O Sporting gastou uma verba a rondar os 330 mil euros, ao abrigo de um protocolo (estabelecido na presidência de Bruno de Carvalho) com o Batuque FC de Cabo Verde.

Esse acordo conferia aos leões o direito de preferência de sete jogadores: Fabricio Kone, Admirson Soares, Walter dos Santos Waxel, Widilton Santos Waxel, Kevin Patrick Alves Fortes, Junior Jorge Coelho da Cruz e Julmiro da Silva.

A revelação foi feita por Frederico Varandas, que garantiu que “não existe qualquer relatório do clube ou de terceiros sobre jogadores daquele clube”. O valor foi pago em maio de 2018 - por curiosidade, no mês do ataque à Academia de Alcochete.

E de acordo com a CMTV, não existem registos de quatro de sete jogadores. Daquela lista de atletas, apenas três pertencem ao Batuque FC. E nenhum dos jogadores sabia da existência desse protocolo entre o Sporting e o clube cabo-verdiano.

"Estou surpreendido. Ninguém me disse nada. Mas era um sonho jogar no Sporting", disse Fabrício Kone, um dos jogadores, em declarações ao 'Correio da Manhã'.

Acresce que não se percebe o critério de escolha dos jogadores, visto que alguns deles não são sequer convocados e outros foram entretanto cedidos a clubes de escalões inferiores. É o caso de Kone.

Já Kevin Patrick Alves Fortes, jogador do Batuque, não foi convocado para o último jogo. Junior Jorge Coelho da Cruz, por seu turno, representa a Académica do Mindelo. Os restantes quatro não estão, sequer, inscritos na Associação de Futebol São Vicente, em Cabo Verde. 

Bruno de Carvalho presidiu ao clube leonino entre 2013 e 2018, altura em que foi destituído do cargo, em Assembleia-Geral, realizada em 23 de junho de 2018.

Desde que deixou o clube, Bruno de Carvalho já esteve detido num posto da GNR para ser presente a um juiz de instrução criminal, no âmbito do ataque à academia de Alcochete.

O ex-líder também tem trocado argumentos na publicamente com Frederico Varandas, atual presidente do Sporting.