A iminência de perda do campeonato levou Bruno Costa Carvalho, candidato à presidência do Benfica, a lançar um dos mais cerrados ataques a Luís Filipe Vieira, acusado de colocar o clube “numa deriva confrangedora”.

“Democracia no Benfica: uma vergonha. Um clube totalmente controlado e amordaçado. Uns estatutos vergonhosos que permitem que incidentes graves praticados pelo próprio presidente numa AG não tenham qualquer repercussão ou que um orçamento chumbado tenha zero consequências. Já nem falo da utilização inacreditável das Casas do Benfica como instrumentos de perpetuação do poder”, acusa.

Bruno Costa Carvalho passa pelo momento desportivo que o Benfica atravessa, para encontrar um culpado: o atual presidente e futuro adversário nas eleições.

“Perder dois campeonatos em três para um clube falido, a par de sucessivas presenças nas competições europeias que envergonham a tradição do clube e consomem o nosso prestígio” são a prova da falta de “competência desportiva”.

Para o candidato, que aponta erros na política de contratações e sugere que a mesma está capturada por “razões mercantilistas”, a qualidade das equipas do Benfica tem vindo a degradar-se, época após época.

No que diz respeito à situação financeira, “uma mentira”. “O contrato da NOS antecipados vários anos e novos empréstimos obrigacionistas com valores que não param de aumentar. Apesar de vendas milionárias, o Benfica acaba por ter que recorrer a empréstimos obrigacionistas para acautelar a sua tesouraria. Não se entende para onde foi tanto dinheiro”, escreve, nas redes sociais.

Há ainda falta de “transparência”, segundo Costa Carvalho, incomodado com o facto de um clube estar “envolto em escândalos atrás de escândalos”.

“Uma vergonha que muitos benfiquistas sentem diariamente e calam. Longe vão os tempos em que moralmente éramos inatacáveis”, aponta.

A estratégia de comunicação também é visada neste texto, onde Bruno Costa Carvalho vê comentadores "avençados, sem um pingo de vergonha", afetos ao clube da Luz, "espalhados pelos mais diversos órgãos de comunicação social".

A BTV, por seu turno, "apenas serve como caixa de ressonância do poder instalados".

"É fácil de verificar que o ciclo de Vieira está completamente esgotado. Até dá pena”, conclui.