Portugal
Chamem o Patrick que ele resolve os problemas de ansiedade
2018-02-18 18:40:00
Um golaço do lateral direito do Vitória FC, na cobrança perfeita de um livre direto, acabou com o stress sadino

O Vitória de Setúbal recebeu e venceu o FC Paços de Ferreira graças a um golaço do lateral direito Patrick na cobrança perfeita de um livre direito e saiu dos lugares de despromoção, num jogo que colocava lado a lado duas equipas que não estavam tranquilas na tabela classificativa (e assim continuam). O Vitória FC foi o mais afetado pela ansiedade, sobretudo na primeira parte, em que apesar de ter chegado ao intervalo com mais bola esteve sempre pouco esclarecido e demasiado precipitado em zonas de finalização, com destaque para Edinho em tarde desinspirada. Mas um lance de inspiração de Patrick tirou o Vitória FC do último lugar.

O FC Paços de Ferreira foi sempre melhor equipa que o Vitória FC nos primeiros quarenta e coinco minutos. A equipa de João Henriques, disposta num 4x2x3x1, com Rúben Micael no apoio a Bruno Moreira, vivia muito da inspiração de Pedrinho, cuja criatividade deixava a defesa sadina em apuros. Aos 31 minutos, o Paços teve mesmo nos pés de Bruno Moreira a primeira grande chance de marcar no Bonfim, quando o avançado pacense surgiu na cara de Cristian. Mas a alergia à baliza adversária, comum às duas equipas, dava o primeiro sinal na partida. Do lado sadino, Edinho por três ocasiões (34', 37' e 42') não rematou da melhor maneira, mas o avançado do Vitória era o único que conseguia criar algum perigo junto da baliza pacense e disfarçar as dificuldades na construção de jogo que o Vitória revelava, muito ansioso e a querer fazer tudo muito depressa.

O golo, e que golo, de Patrick logo aos 50 minutos desbloqueou o problema sadino. O Vitória FC como que suspirou de alívio e motivado pela vantagem subiu os níveis de produção. O 4x3x3 inicial com que José Couceiro iniciou a partida, com André Pereira descaído para o flanco direito, não deu conta do recado nos primeiros quarenta e cinco minutos, mas o intervalo fez bem aos vitorianos que surgiram com outra dinâmica e a conseguir através de boas triangulações chegar com perigo à baliza de Defendi. Mas faltava o golo. Surgiu de bola parada, numa bela execução de Patrick e veio dar alguma justiça à metamorfose sadina.

A equipa de João Henriques, em desvantagem no marcador, tentou reagir. Demorou ainda um pouco, e quase sofria o 2-0, não fosse Edinho, outra vez Edinho, a falhar nova oportunidade. Empurrada por Assis, o melhor elemento da equipa pacense, e com o ataque mnais povoado o Paços encostou o Vitória às cordas, mas revelou sempre incapacidade de decidir bem no último terço, afinal uma caracterísitica comum às duas equipas ao longo de um jogo em que os nervos e a ansiedade de ambas as parte se fizeram sentir mais do que a qualidade da partida, de nível baixo.