O Marítimo já garantiu seis reforços para esta temporada (Danny, Marcão, Lucas Áfrico, Vukovic, Al Joui e Leandro Barrera), sendo que nenhum deles foi proveniente de Portugal. Carlos Pereira, presidente do clube madeirense, assegurou que não tem problemas com o mercado português, mas deixou críticas à forma como é "absorvido indevidamente pelos clubes grandes".

"Nem eu, nem o Marítimo temos alguma coisa contra o mercado português. O grande problema do mercado português é que está a ser absorvido indevidamente pelos clubes grandes. Inflacionou-se de tal forma o jogador português que quase nos obrigou a ir para outros mercados. Contudo, claro, as portas estão sempre abertas para o mercado português", salientou o presidente do Marítimo em declarações ao jornal A Bola.

Carlos Pereira destacou também o facto de o Marítimo não se ter refugiado nos empréstimos de jogadores, dos grandes ou de outros clubes. "O Marítimo tem provado ao longo dos anos que é perfeitamente possível viver sem jogadores emprestados dos grandes, como de outros clubes. Não faz sentido nenhum o Marítimo estar a receber um jogador do FC Paços de Ferreira, do Portimonense, ou de qualquer outro clube português. Perante clubes deste nível, o Marítimo tem de seguir o seu próprio caminho. A rentabilidade está na aposta na formação para garantir a sustentabilidade e o equilíbrio financeiro do clube. Entendo que mentalidade do futebol português tem que mudar radicalmente."

O presidente dos insulares deixou igualmente duras críticas ao papel dos empresários. "Não podemos esquecer a mentalidade dos empresários que olham mais o seu lucro imediato do que a carreira dos jogadores que representam. Existem empresários que são de um egoísmo tal que não pensam naquilo que é melhor para os jogadores."