António Salvador estranhou as críticas de Carlos Pereira, presidente do Marítimo, que se mostrou "defraudado" pelo facto de Dyego Sousa ter sido vendido ao Shenzhen por 5,4 milhões de euros, um montante que fez baixar a fatia de 25 por cento das mais-valias detidas dos insulares. Porém, o líder arsenalista lembra que o avançado podia ter saído dos Barreiros a custo a zero, mas que o clube fez questão de incluir essa compensação devido às boas relações. 

"Fiquei muito surpreendido com as declarações do presidente do Marítimo. (...) Tenho estima pessoal pelo presidente do Marítimo, temos excelentes relações institucionais também, e pela consideração que tenho por ele estou sempre disponível para falar. Se me quiser visitar em Braga, até vamos ao Bom Jesus e ele acende uma velinha em agradecimento por o SC Braga lhe ter permitido fazer um encaixe muito relevante com o Dyego Sousa, porque se bem se lembra o SC Braga assinou com o Dyego quando ele estava livre, sem contrato", afirmou, citado pelo jornal Record. 

António Salvador explicou que foi o desejo de manter as boas relações que fez o SC Braga inserir essa percentagem no negócio - que pode render agora 1,3 milhões de euros aos madeirenses - e lembrou que contratou o jogador quando este cumpria uma suspensão de nove meses. 

"Felizmente para o Marítimo, o Dyego escolheu o SC Braga numa altura em que cumpria um castigo de nove meses e em que poucos acreditavam nele, porque se tivesse ido para outro clube o Marítimo receberia zero, porque nenhum clube teria tido o gesto que o SC Braga entendeu que devia ter", explicou.