Portugal
Carlos Padrão confia na inocência de Bruno de Carvalho e fala em "cabala"
2020-02-20 16:50:00
Ex-guardião deixa claro que não é "brunista" mas acredita que o ex-presidente não é o mandante do ataque

Carlos Padrão, antigo guarda-redes de emblemas como FC Porto, Vitória de Setúbal e Chaves, entre outros, fez parte do plantel do Sporting, em 1976/77, e, recentemente, foi comentador da 'Sporting TV'. Também há não muito tempo saiu a público para deixar claro que ficaria "surpreendido" se se viesse a confirmar em tribunal que Bruno de Carvalho teria algo que ver com o ataque a Alcochete. Agora com novos dados conhecidos no julgamento, Padrão sai a público para defender a inocência do ex-presidente.

O processo ainda corre no Tribunal de Monsanto e, mesmo ainda não sendo conhecida uma decisão, Padrão volta a público para reiterar que confia na inocência de Bruno de Carvalho, algo que alicerça depois de tomar conhecimento dos recentes depoimentos de arguidos em tribunal

"Não sou Brunista, entendo que Bruno de Carvalho tem que ter um periodo de 'nojo' até voltar a ser candidato. Defendi, com algum prejuízo pessoal, o facto, desde a primeira hora que Bruno de Carvalho nada tinha a ver com a invasão à Academia. Fui apelidado de Brunista e excomungado", escreve Carlos Padrão na rede social 'Facebook'.

O ex-guardião verde e branco deixa ainda claro onde estará, em seu entender, a conclusão do processo.

"Agora meus senhores, a chave de toda esta trama é o rapaz que não é da Juventude Leonina, não é sócio nem é do Sporting e que assumiu que foi ele que com o cinto bateu em Bas Dost. Esse rapaz, que segundo ele foi convidado para ir bater, deve dizer agora porque foi bater nos jogadores, quem o convidou, e os contornos todos da cabala, que talvez só uma duzia deles conheçam efetivamente".

O arguido Rúben Marques, que não quis especificar quem o convidou para ir à academia, nem se essa pessoa também foi, concluiu o seu depoimento com um pedido um pedido: “Quero pedir a este tribunal uma oportunidade de demonstrar que já não sou aquela pessoa”.

No seguimento deste testemunho, Carlos Padrão reitera que acredita na inocência de Bruno de Carvalho relativamente a este processo.

"Fico satisfeito, independente do que venha a acontecer, que Bruno de Carvalho nada tinha a ver com a invasão de Alcochete."

O processo da invasão à academia tem 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Bruno de Carvalho, ‘Mustafá’ e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados de autoria moral de todos os crimes.