Noite de sábado com o Estádio do Restelo quase vazio para o Belenenses-Moreirense, um jogo que ficou marcado pelo uso correto dos pontapés de canto por parte do conjunto visitado. Os dois golos iniciais foram consequências de cantos batidos de lados diferentes e o Moreirense, a depositar as esperanças nos muitos remates efetuados, não teve a competência necessária para impedir o 3-0.
Mal o apito inicial soou, o Belenenses superiorizou-se ao Moreirense. Saré, Yebda e Chaby formavam o meio-campo azul e Rafael Costa, praticamente sozinho, nada podia fazer para impedir a subida no terreno por parte da formação adversária. Ainda assim, foi o Moreirense a primeira equipa a criar perigo, precisamente por Rafael Costa. O médio brasileiro, com dois remates de longe, obrigou Muriel a intervir e, de seguida, rematou em arco ao ferro da baliza belenense.
O Moreirense não estava a ser a melhor equipa em campo, mas estava a ser a única que procurava realmente o golo. E foi nesse momento que o Belenenses respondeu com... um golo. André Sousa bateu o canto a partir da esquerda para Yebda, com o argelino, por sua vez, a servir Bouba Saré, que só teve de desviar para o fundo das redes. Não é certo se o resultado, por essa altura, era justo ou injusto. Se, por um lado, o Belenenses estava a dominar, por outro, os minhotos tinham criado mais perigo.
Depois disso, o Moreirense continuou a rematar em grande número, mas perdeu algum critério na hora de o fazer, e o Belenenses estava na posição oposta, atirando menos mas sempre com uma grande ameaça. Foi assim aos 38', quando Pierre Sagna impediu, em cima da linha de golo, que André Sousa aumentasse a vantagem.
Nada mudou na entrada da segunda parte. Logo aos 48', Nuno Tomás falhou o corte e Zizo, perante Muriel, atirou completamente ao lado numa das melhores oportunidades de toda a partida. Pouco depois, foi Tozé a não conseguir impedir que um defesa adversário bloqueasse o seu remate quando também aparecia em excelente posição na área do Belenenses, que, pelo meio, voltou a marcar. Em novo pontapé de canto, Chaby enviou a bola para Yebda e o médio, desta feita, rematou mesmo e teve a ajuda do guardião Jhonatan, que podia ter feito muito mais para impedir o segundo.
A partir daí, o Moreirense quebrou e não mais conseguiu reagir, o que foi óptimo para o Belenenses, que fez o que quis até ao fim. Domingos soube substituir de modo a não perder o controlo, visto que um golo dos visitantes podia relançar o jogo. O último e melhor golo do jogo surgiu já em cima dos 90 minutos quando Roni, recém entrado, fintou para dentro e rematou de pé esquerdo de forma perfeita para o fundo das redes. O remate foi perfeito e Jhonatan, agora, nada conseguiria fazer. A história estava contada e a última página foi escrita.
A vitória do Belenenses confirma o bom campeonato que a equipa de Domingos Paciência está a protagonizar, subindo à sexta posição da tabela classificativa (à condição) e regressando aos triunfos depois do desaire em Tondela. O Moreirense, por outro lado, pode terminar a jornada no último lugar do campeonato caso Aves e Estoril-Praia pontuem ante Vitória de Guimarães e FC Paços de Ferreira, respetivamente. Os homens de Manuel Machado não estão num bom momento e não vencem para a Liga desde a conquista dos três pontos no Estoril, em setembro. Essa foi, também, a única vez que o Moreirense ganhou na Liga em 2017/18.
