Bryan Ruiz está de regresso à equipa do Sporting. As opiniões dividem-se quanto à importância que o criativo costa-riquenho possa vir a ter nas opções de Jorge Jesus. E a explicação é muito simples. As duas épocas que fez de leão ao peito viram dois jogadores diferentes. Na primeira temporada (2015/16), Ruiz jogou 46 partidas, marcou 13 golos e assistiu para outros 15. No segundo ano a vestir de verde e branco, o atacante participou em 43 jogos, marcou apenas três golos e ofereceu oito.

O atacante que que chegou proveniente do Fulham de Inglaterra veio com o rótulo de craque. A capacidade de mexer com os jogos vinha sendo evidenciada sobretudo ao serviço da seleção da Costa Rica. A excelente prestação dos “Ticos” no Mundial’2014 no Brasil muito ficou a dever às exibições de Bryan Ruiz. Não só pelos dois golos que marcou, mas mais ainda pela forma como liderava uma equipa inexperiente.

Foi no verão quente de 2015 que Ruiz aterrou no aeroporto de Lisboa tendo sido um dos primeiros reforços garantidos na era-Jorge Jesus. O costa-riquenho viria a confirmar, na primeira temporada de leão ao peito, as credenciais que trazia de vários anos de futebol europeu. É verdade que o atacante não repetiu os 30 golos com que brindou os adeptos do Twente em 2009/2010, mas aproximou-se do 14 que marcou ao serviço do Gent na temporada anterior, estas a duas melhores épocas de Ruiz no que a golos diz respeito.

Com 13 marcados e 15 assistências (em 46 jogos realizados), era legitimo apontar esta como uma grande temporada. A verdade é que o futebol não são apenas números e o costa-riquenho viria a ficar marcado por um golo que não marcou…de baliza aberta. Foi frente ao Benfica e valeu uma derrota ao Sporting. Derrota essa que mais tarde se veio a verificar decisiva na conquista do título por parte dos encarnados em detrimento do Sporting, que terminou a Liga com menos dois pontos do que as águias.

O que veio depois disso confirmou suspeitas mais pesarosas. O jogador não aguentou estigma do golo falhado e do título perdido para o Benfica. Bryan Ruiz não foi tão preponderante no segundo termo com a camisola dos leões. Apesar de ter agarrado a camisola 10, o tecnicista não mais conseguiu realizar as exibições com que havia presenteado os adeptos leoninos na primeira temporada e isso refletiu-se nos números: marcou apenas três goles e somou oito assistências nas 43 partidas realizadas em todas as competições.

Resta agora perceber em que condições, físicas e psicológicas, reaparece Bryan Ruiz depois de um período conturbado. Para já, Ruiz diz que volta ao Sporting com “as forças, a vontade e o compromisso de sempre.”