Portugal
Bruno de Carvalho: "Falo com a maior parte dos jogadores regularmente"
2018-08-17 21:35:00
O ex-presidente do Sporting falou ainda de eleições e de Bas Dost, Bruno Fernandes e Battaglia

Bruno de Carvalho esteve no Estádio José Alvalade para reclamar a presidência do Sporting e, mais tarde, reagiu às declarações de Torres Pereira e Sousa Cintra, os dois líderes do clube leonino. Para o antigo presidente, o que aconteceu foi diferente do relatado por Torres Pereira.

"Artur Torres Pereira é um homem que me habituou muito àquilo que se chama em termos de escrita de uma verborreia cheia de nada. Fomos nós que chamámos, na véspera, a Polícia e fomos nós que pedimos ao Comissário da Polícia que fosse reconhecer as pessoas que estavam a dar a ordem para nós não retomássemos o nosso trabalho. Depois disso, nós, de livre vontade, fomos embora. Quem pediu à Polícia, na véspera, para estar presente fomos nós e quem pediu para, porque eles, cobardemente, não deram a cara, identificar as pessoas que estavam a recusar uma ordem do tribunal fomos nós", disse Bruno de Carvalho em conferência de imprensa, revelando depois que os votos da assembleia geral que o destitutiu a 23 de junho estiveram quatro dias sem serem vistos por um notário. "Estava lá um notário e apenas quatro dias depois lhe foram dados os votos para ele conferir. O que é que estiveram a fazer com os votos durante quatro dias? Porque é que ele não levou os votos logo?", questionou.

Para Bruno de Carvalho, as eleições vão continuar a ser uma prioridade mesmo que volte a ser presidente do Sporting por ordem judicial. "Independentemente desta decisão, não negamos que é necessário ir a eleições. (...) Temos de estar novamente legítimos e calmos e por isso é que queremos ir a eleições. O Sporting precisa de calma, de união, de todos nós", referindo ainda que não vai estar presente no Sporting-Vitória de Setúbal.

Sobre Bas Dost, Bruno Fernandes e Battaglia, jogadores que rescindiram unilateralmente e voltaram atrás com as suas decisões, Bruno de Carvalho assegurou que, caso volte a ser presidente, eles vão continuar porque "têm contrato". "Falo com a maior parte dos jogadores do plantel regularmente, não só do futebol profissional. Vamos-nos deixar de mitos. Já passou tempo suficiente para se deixar dessa história que eu é que sou o culpado [da invasão a Alcochete] e que estou há quatro meses para ser preso. Já tive chatices suficientes e já fui difamado e caluniado em vários órgãos de comunicação social o suficiente para estarmos com essa história de se o Bas Dost continua, se o Bruno Fernandes continua... Claro que continuam! Não têm contrato? Claro que continuam", garantiu.