Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, falou após a reunião que ditou a Assembleia Geral de destituição da direção. O presidente leonino falou de irregularidades, de um capricho, de uma reunião com pessoas irredutíveis e de coação.
Confira as principais frases do presidente leonino.
Decisão irregular e com pressões
“O que acabou de ser anunciado por Jaime Marta Soares está cheio de irregularidades. Lançou uma bomba atómica que, pelos estatutos e pelas leis, é irregular. Trata-se de um atropelo total a tudo"
"Com estas incorreções, tenho dúvidas de que isto tudo aconteça. Claro que achamos que sim [referindo-se à impugnação da Assembleia Geral]"
“É legítimo não estarem com este projeto. O que não é legítimo é esta pressão e coação para que nos demitamos”
“Tudo isto por um capricho”
Respostas a Frederico Varandas
“Se hoje alguém disse que ‘está nas minhas mãos evitar rescisões’ [Frederico Varandas], então é porque não existe justa causa para as rescisões”
"Tenho mais honra militar do que alguém que apareceu a dizer que é militar. Porquê? Porque nunca se abandona um companheiro de guerra e nunca se passa para o lado do inimigo"
Problemas desta decisão para o clube
“Tinham isto fixado e não havia nada que os pudesse demover. Isto coloca em causa a preparação da época, a contratação e venda de jogadores e o colocar a escrito a nova reestruturação financeira”
"Nós apresentarmos a demissão tiraria o poder negocial de compra e venda de jogadores"
"Uma comissão de gestão faria o quê? Venderia os jogadores todos ao desbarato?"
"Isto foi o ouro para os nossos rivais. É a impossibilidade de nos reforçarmos, de não haver dinheiro..."
Pedidos da direção durante a reunião
“Pedimos várias vezes, dando todos os argumentos, à mesa da Assembleia Geral para que não fizessem isto que fizeram hoje. Isto colocará em causa o empréstimo obrigacionista que seria realizado entre o final deste mês e o princípio do próximo. Não foram minimamente sensíveis aos interesses do Sporting. Deitaram abaixo todo o trabalho que fizemos com os bancos e com a CMVM”
“Esta direção tentou de tudo. Inclusivamente pedimos, duas vezes, que nos dessem as razões pelas quais nos deveríamos demitir. Foi-nos dito que não queriam entrar em discussões”
“A proposta que nos foi apresentada foi: mantermo-nos em funções durante 60 dias e, depois, haveria eleições. Explicámos que haveria estatutos para cumprir e que já tínhamos pedido uma AG para ouvir os sócios. Fizemos a proposta de, então, eles decidirem um prazo no qual poderiam ter acesso a tudo e falar com quem quisessem no clube. Depois desse prazo, se houvesse indícios de algo, sentar-nos-íamos a debater isso”