Portugal
Bruno de Carvalho exige falar “não menos de 15 minutos” na AG de expulsão
2019-06-17 16:45:00
Carta enviada a Rogério Alves

Numa carta enviada ao presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) do Sporting, Rogério Alves, Bruno de Carvalho exige uma intervenção "nunca inferior a 15 minutos" na reunião de 6 de julho, na qual será votada a expulsão do presidente destituído.

Falando também em nome de Alexandre Godinho, que foi vice-presidente dos leões e também corre o risco de ser expulso de sócio, Bruno de Carvalho criticou "as várias e graves ilegalidades" das assembleias anteriores e exigiu poder defender-se antes da votação que pode levar às expulsões dos dois ex-dirigentes.

"Solicitamos que sem rodeios e sem falácias jurídicas, nos responda de forma clara sobre qual o procedimento que vai ser adoptado para esta AG do próximo dia 6 de julho", escreveu o presidente destituído, numa carta citada pelo Record.

E são quatro as questões que Bruno de Carvalho faz a Rogério Alves:

"1. Após os procedimentos regulamentares a AG será iniciada com uma intervenção, minha e do associado Alexandre Godinho, nunca inferior a 15 minutos cada?
2. Depois da participação de ambos abrirá a AG às intervenções dos Associados?
3. Terminadas as intervenções de associados, eu e o associado Alexandre Godinho poderemos usar novamente da palavra por um período nunca inferior a 15 minutos cada, de forma a podermos esclarecer todas as questões e dúvidas que possam ter sido suscitadas pelos restantes associados nas suas intervenções?
4. A abertura das mesas de voto ocorrerá depois da conclusão dos 3 momentos anteriormente referidos?"

Na carta assinada em conjunto, Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho satirizam também a falta de resposta a uma carta "recepcionada a 12 de março de 2019", a propósito do "escasso" tempo de Rogério Alves.

"Tem tido muito trabalho entre mãos. A título de exemplo desse intenso trabalho temos as inúmeras presenças nos núcleos do SCP, onde sabemos ser muito ativo na tentativa de angariação de votos a favor da nossa expulsão", acusaram os dois ex-dirigentes.

Na carta, Bruno de Carvalho reforçou ainda que "o Sporting merece mais do que AG manipuladas e campanhas orquestradas para afastar a todo o custo aqueles que fazem frente – sem medo e sem filtro – aos interesses instituídos, aos que em vez de servirem o clube se servem do mesmo".