Portugal
SC Braga assume-se como candidato e adverte que tem 'novo rival' a norte
2020-09-25 09:25:00
Miguel Santos continua a comandar as minhotas

O SC Braga assume que é uma das equipas na linha da frente para conquistar o título de futebol feminino, a par do Sporting e do Benfica, mas também do ‘novo’ Famalicão.

“Considero o Famalicão candidato a todos os títulos”, apontou o treinador bracarense, Miguel Santos, considerando que a primeira fase do ‘remodelado’ campeonato nacional terá o Braga e a equipa famalicense, treinada por João Marques, como favoritos.

O Nacional feminino terá 20 equipas e decorrerá em duas fases, a primeira com duas zonas (norte e sul), apurando-se as quatro primeiras classificadas de cada para a fase de apuramento de campeão, enquanto as 12 restantes discutem a manutenção/descida.

“Na primeira fase, Braga, Benfica, Sporting e Famalicão estão no lote para estarem nos quatro primeiros”, reiterou o técnico, que na sua zona, a norte, destacou também o Valadares Gaia, finalista vencido da Taça em 2018/19.

Para a primeira fase, que terá nove jornadas, com uma única volta, Miguel Santos, destaca as três equipas e admite que a luta pelo último lugar de apuramento na zona norte será alargado a Albergaria, Boavista, Gil Vicente, Fiães e Ovarense, “com o Cadima, mais atrás”.

O aumento de equipas é justificado com a necessidade da Federação Portuguesa de Futebol de “não travar o investimento” que alguns clubes fizeram e que a pandemia da covid-19, com a suspensão e cancelamento do anterior campeonato, veio complicar.

“A federação não vai manter este modelo, mas não quis travar o investimento feito pelos clubes. Será um modelo provisório”, adiantou o técnico, em relação a um campeonato alargado de clubes e que, a curto prazo, voltará a ser reduzido.

Em relação à época cancelada, em que o Braga, campeão de 2018/19, estava já a oito pontos de Benfica e Sporting, o treinador lembrou a ‘fatura paga’ com a sobrecarga de calendário, com Liga dos Campeões, Supertaça e Liga, entre agosto e setembro de 2019.

“Tivemos uma carga elevada de jogos, que nos custou seis pontos”, assinalou Miguel Santos.

Para esta época, o treinador viu saírem 11 jogadoras, entre as quais as internacionais portuguesas Rute Costa (Famalicão), Vanessa Marques (Ferencvaros) e Francisca Cardoso (Heerenveen), mas o clube foi ao ‘mercado’ e apostou em algumas jogadoras da formação.

“Temos a Beatriz Barbosa, a Eduarda Silva, a Maria Gaspar, a Luísa Pinheiro, a Nágela (central brasileira), a Jermaine (extremo sul-africana), a Myra (avançada norte-americana) e a Cindy Konig (avançada alemã)”, adiantou o treinador.

Um cenário que coloca o plantel bracarense, para já, com 22 jogadoras, numa época de especial preocupação devido à pandemia.

“A covid-19 é mais uma lesão, mas com maiores implicações, face ao contágio”, considerou Miguel Santos, lembrando que todo o grupo segue os protocolos recomendados pela Direção-Geral da Saúde e pelo clube.

O SC Braga inicia a época de 2020/21 ainda com as insígnias de campeão, depois de a última temporada ter sido cancelada, e na primeira jornada da zona norte recebe, no domingo, a Ovarense.