Portugal
Bosingwa ataca Redknapp e explica atrito com Paulo Bento
2017-12-16 10:00:00
Jogador não foi ao Euro 2012

"Esse assunto só veio a público porque o Paulo Bento o puxou. Se não o tivesse feito, eu nunca iria tocar nele (...), mas quando ele [Paulo Bento] fala de mim, eu tenho de me defender". É desta forma que José Bosingwa, internacional português, recorda o conflito com Paulo Bento, ex-selecionador nacional, que custou ao lateral a presença no Euro 2012.

O que foi falado é que Bosingwa teria ficado desagradado com a condição de suplente e, mais tarde, que teria simulado uma lesão antes de um dos jogos particulares pré-Europeu. Em entrevista ao "Expresso", o jogador refuta as acusações e remete-as para uma lesão... real. "Eu tenho de falar com o médico sobre as dores, não tenho de falar com o treinador. O mister nunca falou comigo sobre esse assunto", defendeu, antes de detalhar: "Depois da cirurgia, eu fazia um jogo no Chelsea e parava três ou quatro dias (...) fui para a seleção e não tive tempo de descanso, portanto era normal que me doesse muito. Passei informação ao médico. Ele viu o joelho e disse que, como era um jogo amigável, ia falar com mister Paulo Bento, para dizer que não valia a pena arriscar. Não sei o que é que eles falaram um com o outro, só sei que depois desse jogo deixei de ser convocado".

"Ele é conhecido por gostar de levar 10/15 jogadores quando chega às equipas"

Bosingwa abordou ainda o ano passado no Queens Park Rangers, sob o comando de Harry Redknapp. "Eu fui para lá com um treinador que é despedido e depois é que vem o famoso Harry Redknapp. Ele é conhecido por gostar de levar 10/15 jogadores quando chega às equipas", recordou Bosingwa, antes de responder à célebre frase proferida por Redknapp, que disse que o português ganhava demasiado: "Não sei que tipo de negócios ele faz ou não com os empresários amigos dele, mas arranjou ali um atrito comigo e foi dizer isso à imprensa. Fui confrontá-lo e, na minha cara, negou. Mas passado um tempo voltou a dizer outra vez. Aí se vê o carácter da pessoa".

"Perguntei-lhe por que motivo foi dizer aquilo, uma vez que cada um faz o contrato que quer. Eu não obriguei ninguém, nem o clube, a dar-me aquele contrato", acrescentou.