Portugal
“Benfica nunca deixou de investir. Não há mudança de paradigma”
2020-07-13 18:50:00
Administrador da SAD encarnada avisa ainda que o clube não vai vender “em saldos”

Domingos Soares de Oliveira recusa a ideia de que o empréstimo obrigacionista representa uma mudança de paradigma no futebol do Benfica, nomeadamente numa maior aposta em jogadores ‘feitos’ – e cujas transferências possam envolver verbas significativas –, em detrimento da aposta em jogadores da formação.

"Não há nenhuma mudança de paradigma. Existe pouca consciência do que tem sido a política de investimentos do Benfica no seu plantel. Desde 2010/11, temos feito investimentos anuais que ultrapassam os 55 milhões. Nos últimos anos, fizemos investimentos que rondaram os 84 milhões. Esta época, o investimento foi superior a 60 milhões. O Benfica nunca deixou de investir. Não há nem haverá uma mudança de paradigma", vincou o dirigente.

Soares de Oliveira assegurou ainda que "o custo do próximo treinador não vai estar dependente do sucesso ou insucesso do empréstimo obrigacionista", antes de abordar uma eventual contratação de Jorge Jesus.

Quanto ao mercado de transferências, mais concretamente no que diz respeito a eventuais saídas do plantel, Soares de Oliveira reforçou que o Benfica não está disponível para "qualquer processo de vendas em saldos".

"Não temos nenhum valor em mente para vendas de jogadores e não vamos entrar em nenhum processo de vendas em saldos. Não temos essa necessidade. Tivemos dúvidas de como o mercado se iria comportar neste período de transferências [devido à pandemia de covid-19]. Entretanto, já começámos a ver as primeiras transferências com números robustos. É expectável que o mercado se anime nos próximos meses", completou.

Estas declarações de Domingos Soares de Oliveira surgem no dia em que o Benfica apresentou os resultados do empréstimo obrigacionista ‘Benfica SAD 2020-23’, operação bem sucedida, com uma procura 1,4 vezes superior à oferta.

Segundo dados apresentados pela SAD encarnada, 3688 investidores subscreveram 10 milhões de obrigações, o que permite ao emblema encarnado encaixar 50 milhões de euros.