O Benfica reage à polémica por causa do convite ao juiz Eduardo Pires para visitar o centro de estágios do Seixal, referindo que a direção entendeu em setembro do ano passado começar a convidar os sócios para visitarem o local. Sem nunca se referir particularmente ao magistrado, que é sócio encarnado, o Benfica explica como decorrem as visitas e a quem se destinam.

A "iniciativa arrancou em setembro do ano passado e foi definido o critério da antiguidade para ordenar os convites dirigidos aos sócios (começando pelos mais antigos). Estes convites foram da responsabilidade do departamento de relações públicas, através do call center", explica o Benfica.

Na newsletter oficial, nesta terça-feira, o clube da Luz diz que até o dia 20 de janeiro "tinham sido contactados 14 786 associados, dos quais 7435 foram atendidos."

"Destes, houve 2416 que confirmaram o seu interesse e disponibilidade para efetuarem a visita, entre os quais 1430, divididos em 42 grupos, já conheceram o Benfica Campus por dentro."

O Benfica explica como ocorre a visita e os locais do 'quartel-general' encarnado que são visitados.

A explicação surge numa altura em que foi conhecido um convite para uma visita ao local, a 27 de dezembro de 2019, do juiz Eduardo Pires, depois de lhe ter sido atribuído o processo dos emails, caso que recusou. Também a visita foi recusada por parte do juiz.

O magistrado terá recebido uma chamada do call center do Benfica a convidar para um visitar o Centro de Estágios do Seixal, na qualidade de associado encarnado com mais de 50 anos de filiação.

O Benfica detalha que os convites não levam em consideração as profissões mas apenas a condição de associado.