Portugal
Bas Dost: a fome de golos do gigante holandês
2018-12-11 18:00:00
O ponta de lança do Sporting é melhor do que Jonas: precisou de menos tempo para chegar aos 69 golos na Liga

Já marca mais de um golo por jogo na Liga o que nem Messi no Barcelona, Neymar no PSG e Ronaldo na Juventus conseguem nesta altura nos respetivos campeonatos. Bas Dost voltou a sorrir e marca que se farta e é melhor do que Jonas. Os dois golos que apontou na vitória do Sporting sobre o Aves (4-1), no jogo 101 com a camisola leonina, elevaram para 69 o registo que o gigante holandês leva no Sporting só para o campeonato. Para chegar a este número, Bas Dost necessitou de 68 jogos, uma marca que o coloca à frente de Jonas, o grande rival da Segunda Circular, contratado pelo Benfica em 2014, que precisou de 83 jogos de águia ao peito para chegar à presente marca do holandês. Lá fora, esta época, Messi tem 11 golos em 13 jogos, Neymar (11/12) e Ronaldo (10/15).

Na comparação com Jonas, Bas Dost não fica a perder. Pelo contrário. Com menos épocas de Sporting (três) do que as do brasileiro no Benfica (cinco), o holandês apresenta 69 golos em 68 encontros, enquanto o "Pistoleiro" tem 103 golos em 117 jogos. Na contabilidade dos números totais, Bas Dost leva 81 golos em 101 jogos, Jonas tem 129 golos em 163 jogos.

Esta temporada, Bas Dost leva oito golos em sete jogos para o campeonato, depois de ter sido forçado a parar devido a uma lesão. Ou seja, o holandês já marca mais do que um golo por jogo na Liga e está a acompanhar a veia goleadoras do Sporting indo numa série de cinco jogos consecutivos a marcar, com três bis, contabilizando todas as competições. Uma consistência goleadora digna de registo, mas que Bas Dost desvaloriza. "Para ficar na história do Sporting é preciso ganhar um grande título".

Bas Dost esteve ausente de grande parte do arranque da temporada do Sporting. Na jornada inaugural deixou logo marca, ao bisar frente ao Moreirense mas lesionou-se na receção ao Vitória de Setúbal, saiu ao intervalo, e viria a estar ausente dois meses da equipa. Regressou frente ao Boavista, em Alvalade, e entrou aos 78 minutos para render Acuña.

Voltou aos golos frente ao Santa Clara e ficou a zeros com o Arsenal, em Londres, num jogo que começou no banco. Com o GD Chaves, regressou aos golos. Abriu o marcador a responder da melhor maneira a um cruzamento de Acuña e depois fez o golo decisivo, já ao cair do pano, na conversão de um pontapé de penálti. Daí para a frente veio o ketchup a coincidir com a era Keizer: mais um bis, desta feita ao Lusitano de Vildemoinhos, um golo ao Qarabag, outro ao Rio Ave e de novo um bis agora ao Aves.

Bas Dost chegou ao Sporting em 2016, vindo do VfL Wolfsburgo e desde logo mostrou a veia goleadora, ao marcar na estreia frente ao Moreirense (3-0). Foi o primeiro de 34 golos no campeonato, o melhor registo da carreira enquanto profissional (em 2011/12, ao serviço do Heerenveen atingiu os 31 golos na principal Liga holandesa) registo que lhe valeu o título de melhor marcador da prova, sendo apenas superado por Lionel Messi na corrida à Bota de Ouro.

Se em época de estreia mostrou todos os atributos de goleador, na última temporada não foi diferente, apesar de um final atribulado. O holandês fez 27 golos e foi apenas superado na lista de melhores marcadores do campeonato pelo melhor Jonas de sempre no Benfica que chegou à marca impressionante de 34 golos em 30 partidas.

Nesta temporada, e depois de ter estado ausente do início de época devido a lesão, Bas Dost está de regresso à cadência de golos que fazem dele um ponta de lança decisivo para as ambições da equipa e temido pelas defesas adversárias. E até o sorriso já voltou. De boca aberta e com dose de exuberância no festejos. A mesma dose com que vai marcando golos atrás de golos.