O Sporting prepara um acordo de reestruturação financeira com dois bancos, envolvendo um fundo parceiro, que pode resultar numa redução de dívida superior a 100 milhões de euros.
Partes da complexa operação foram hoje avançadas pelo jornal O Jogo, num processo iniciado quando o presidente dos leões era Bruno de Carvalho, sendo agora conduzido pelo vice-presidente da SAD com a pasta financeira, Francisco Salgado Zenha.
O Sporting deve cerca de 362 milhões a dois bancos (BCP e Novo Banco), sendo 135 milhões referentes a Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC).
Este instrumento financeiro funciona como um empréstimo que, não sendo pago, é convertido em ações, ou seja, os bancos passariam a ser acionistas da SAD leonina.
Só que a União Europeia tem apertado cada vez mais as regras bancárias e não veria com bons olhos que dois bancos, um deles criado só para não deixar falir outro (o BES), se tornassem 'donos' de um clube de futebol.
A solução passa pela venda da dívida. E é aqui que entra o fundo Apollon, que tem uma parceria com o Sporting.
Os dois bancos vão vender entre 200 a 220 milhões de euros da dívida leonina ao fundo, enquanto perdoa o restante – mais de 100 milhões de euros.
A grande fatia deste perdão de dívida (90 milhões de euros) é referente às VMOC, com a SAD do Sporting a ter de pagar os 40,5 milhões restantes.
Um perdão que também é benéfico para os bancos envolvidos, pois assim cumprem as melhores recomendações bancárias da União Europeia.