Manuel Cajuda, um dos mais carismáticos treinadores do futebol português, considera que "o Sporting precisa de parar para pensar e apontar um rumo definitivo". À 'Antena 1', disse ainda que, se for preciso, o clube deve tomar medidas mais enérgicas.
"Não sou menino do coro e de vez em quando faz falta chatear. Às vezes, provavelmente, faz falta dizer aquilo que não nos apetece dizer. E como se costuma dizer 'não é um soco na mesa em que batemos na mesa e partímos o pulso mas é um soco na mesa em que batemos na mesa e partimos a mesa'. A questão do Sporting é muito complexa", afirmou o treinador.
Cajuda assumiu que "não é simples falar do Sporting em dois ou três minutos" mas deixou claro que "não se pode pedir ao clube o mesmo que se pede a Benfica e FC Porto" já que os leões passaram "por problemas que nenhum passou nos últimos anos".
O técnico, que chegou a orientar Jorge Silas como jogador, destaca que o atual timoneiro verde e branco deve cumprir a rotina de trabalho "sem se deixar perturbar por fatores externos".
Em entrevista à 'Antena 1', Cajuda falou ainda sobre o estado atual do futebol nacional. "Demos um passo atrás em relação ao futebol internacional, dito mais forte".
Cajuda nota falta de "intensidade ao futebol português" e justifica. "A posse de bola tem de ser mais dinâmica, há lentidão na reação á perda da bola, na saída à zona de pressão e a mobilidade é praticamente nula no processo ofensivo".