Os presidente da SAD do Fafe e do Olhanense garantiram que vão lutar “até à última” contra a decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPFP) de anular os playoffs de acesso à II Liga.
Jorge Fernandes Pereira, do Fafe, não se conforma com a promoção de Vizela e Arouca, com Olhanense, Praiense, Lusitânia de Lourosa, Benfica e Castelo Branco, Real Massamá e o citado Fafe impossibilitados de disputar o acesso via playoff.
“Queremos saber a razão para terem subido aqueles dois clubes e não os oito”, frisou o dirigente, referindo-se às oito vagas dos playoffs (para os dois primeiros classificados de cada série).
“As pessoas, às vezes, têm medo dos poderes no futebol, mas estamos a lutar por aquilo a que temos direito”, reforçou Jorge Fernandes Pereira, ao participar no Quarentena da Bola.
A ‘teoria’ do medo foi corroborada pelo presidente do Olhanense, Luis Torres, no mesmo programa.
“Depois para o ano há penáltis, há castigos, há multas...”, aludiu o dirigente algarvio.
De acordo com Luís Torres, “todos os clubes” do Campeonato de Portugal “estão indignados com as pessoas que gerem o nosso futebol”.
“Acabámos em primeiro, ganhámos a nossa série, não subimos à II Liga, caímos uma divisão e ainda há quem nos chame oportunistas. Parece uma decisão que tem meses, mas foi tomada no sábado passado. Em toda a Europa têm sido tomadas decisões coerentes, da primeira à décima divisão, em Portugal inventaram”, reforçou.
O presidente da SAD do Olhanense criticou a FPF por tomar decisões sem se preocupar com o efeito das mesmas no ‘futebol real’.
“Como é que uma pessoa sentada no gabinete em Lisboa, com uma televisão paga por todos nós e janelas para oito campos de treino, pode tomar uma decisão sensata? As condições que vê não têm nada a ver com as condições do futebol em Portugal”, concluiu.