Em declarações à Sport TV, no final do jogo da Taça da Liga que o SC Braga venceu, por 1-0, diante do FC Porto, Rúben Amorim, técnico dos arsenalistas, não esqueceu o antecessor, Ricardo Sá Pinto.

"Aproveitámos o trabalho de Sá Pinto para vencer a final four", destacou o jovem técnico, que mantém um registo cem por cento vitorioso (dois triunfos diante do FC Porto) desde que assumiu funções.

Numa análise ao triunfo, destaca que "esta conquista é diferente". E entrega louros a outra figura do clube: António Salvador.

"Fico feliz pelas pessoas do Braga, pelos jogadores e sobretudo pelo presidente. É merecido que ele ganhe, pela sua ambição e pela falta de medo. Pela coragem de acreditar em mim", complementou.

"Os jogadores estiveram excelentes. Tivemos uma estrelinha, no fim, mas fizemos por merecer. Começámos muito bem, depois o FC Porto equilibrou, complicando a nossa tarefa ainda mais na segunda parte. Agora é festejar, amanhã dou-lhes folga e depois temos de preparar o Moreirense. Nós trabalhámos para isto, porque sabíamos que era possível. É preciso consistência, mas não nos podemos esquecer de que temos de vencer em Moreira de Cónegos para lutar pelos lugares cimeiros", afirmou.

Confrontado com palavras do passado, em que António Salvador pediu que se acabasse com a Taça da Liga, Rúben Amorim brincou: "Em boa hora não o ouviram".

Sobre o futuro e uma eventual subida da fasquia, com os adeptos a pedirem mais, Amorim anteviu que o SC Braga não consiga segurar alguns dos jogadores, porque "eles têm muita qualidade".

O facto de ter somado cinco vitórias em igual número de jogos torna "normal" que o SC Braga seja 'o alvo a abater'.

"É óbvio que vão falar do que nós fizemos. Cinco vitórias... Mas uma derrota pode mudar tudo. Temos de nos manter focados. Isto é bom, mas o que faz o clube grande é todos os dias querer ser maior", assumiu, numa curta entrevista à Sport TV. 

Sérgio Conceição também mereceu uma palavra. "É um grande treinador", que revelou "caráter", ao colocar o lugar à disposição.

Rúben Amorim não falou com o técnico adversário, após o triunfo, e justificou o motivo.

"Sei que ele não quer ouvir ninguém nem cumprimentar ninguém. Quem perde desta maneira... O FC Porto esteve muito bem e perder uma Taça da Liga ao minuto 90 é cruel. Há que respeitar as pessoas nestas horas e deixá-los no seu canto", contou.