O despedimento de Marcel Keizer fez ressurgir vários dos candidatos derrotados por Frederico Varandas nas últimas eleições, levando o presidente dos leões a criticar os "porta-vozes do Sporting na desgraça".

"Depois do que esta direção fez, da forma como agarrou o clube e olhando para a história das últimas duas décadas... Bem, tínhamos necessidade imediata de 100 milhões de euros, um contrato com a NOS por assinar, voltar a apostar na formação, conquistámos dois títulos - repito, dois títulos. E isto foi tudo feito. E depois, ao primeiro desaire, aparece a contestação? Os sportinguistas não são estúpidos. Ao primeiro desaire lá aparecem os esqueletos", criticou Varandas.

"Mas deles todos não ouvi nem uma palavra quando ganhámos a Taça da Liga e de Portugal", lembrou o dirigente: "É gente sem humildade democrática, que se intitulam porta-vozes do Sporting na desgraça. Ou não percebem nada de futebol ou são intelectualmente desonestos".

Essa oposição interna, no entender de Frederico Varandas, é formado por pessoas que não ficam "felizes quando o Sporting ganha".

"E quando dizem que existe um fosso grande para os nossos rivais, eu pergunto: mas fui eu que criei este fosso? Eu nasci no Sporting, amo o Sporting e sempre vi estes senhores a gravitar à volta do clube. Este fosso parece que interessa a alguns", insinuou.

Garantindo que o Sporting está "a trepar para sair do fosso", mesmo havendo "muita gente a tentar puxar-nos para baixo", o líder leonino prometeu "trabalhar muito" para se aproximar dos rivais.

"Nos últimos dez anos, o Benfica fez cerca de 900 milhões de euros em vendas, nós fizemos 400 milhões", comparou: "Temos uma equipa de sub-23 com uma média de idades inferior a 18 anos, é aí que está o nosso futuro. Temos de fazer muitos negócios para conseguirmos olhar os nossos rivais nos olhos. Não é a bater no peito, no leão, que vamos ganhar jogos. Vamos ganhar jogos com trabalho e competência".