Portugal
Antigo pedreiro, cozinheiro e vendedor de gelados: Soares dá-se a conhecer
2018-07-17 15:20:00
Tiquinho Soares abriu o livro e recordou os tempos antes de chegar a futebolista profissional e nem esqueceu Hulk.

Tiquinho Soares, avançado brasileiro de 27 anos do FC Porto, abriu o livro da sua vida e recordou os tempos antes de ser jogador profissional de futebol que o obrigaram até a trabalhar na construção civil. "Trabalhei como assistente de pedreiro, churrasqueiro e vendia sacolé [pequenos gelados] também, lá no sertão da Paraíba. Houve um dia em que eu fui vender sacolé no jogo lá no terrão da minha cidade e o pessoal acabou com todos os meus produtos. O problema é que ninguém me pagou e eu voltei para casa sem dinheiro", recordou o jogador do FC Porto à ESPN.

Tiquinho Soares, que chegou ao FC Porto na segunda metade da temporada 2016/17 e, por isso, já sem Hulk ao serviço dos Azuis Brancos, revelou de forma curiosa a importância do antigo extremo na adaptação de Soares ao clube. "Ele já passou uns dias na minha casa em Portugal e ajudou-me muito. Sempre que dá falamos e pomos a conversa em dia".

Soares comentou ainda o que significou a conquista do título na temporada passada: "Foi muito importante, não só para a torcida mas para o clube também. Individualmente falando, foi uma coisa muito grande, por ter sido o meu primeiro título fora do Brasil e isso vai ficar marcado na minha história e na história da minha família", revelando depois a exigência que sente ao jogar pelos Dragões: "Jogar no FC Porto é ter vontade, raça e determinação. É um clube que exige muito isso de todos os jogadores. Como os torcedores dizem, nós só podemos baixar a cabeça para beijar o símbolo".

O avançado brasileiro explicou ainda como acabou por chegar a Portugal: "A oportunidade em Portugal surgiu quando eu joguei o Gauchão pelo Veranópolis. O Nacional procurou-me e eu aceitei. A maior dificuldade em relação ao futebol de lá foi em relação ao ritmo de jogo, que é muito mais intenso do que no Brasil".