Luís Filipe Vieira garantiu que o Benfica foi sempre transparente nas negociações com a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) durante o processo da oferta pública de aquisição (OPA) sobre a própria SAD, que acabaria chumbada pelo regulador.
Na entrevista à BTV, o presidente das águias passou ao lado desse chumbo, por ser "uma parte técnica", para garantir que o mesmo "não afetou a reputação do Benfica".
"O Benfica foi completamente transparente, e a CMVM sabe-o, deu toda a informação com toda a precisão e transparência", sustentou.
Vieira insistiu que o Benfica precisa de se capitalizar, dando o exemplo do Ajax, mesmo sabendo que as operações para que tal aconteça terão "sempre uma oposição grande dos demagogos e dos oportunistas".
"O Benfica tem que ter 95 por cento da SAD. Anos mais tarde as pessoas vão dizer que tive a visão certa", prometeu.
Porém, o dirigente recusa que essa recapitalização seja feita por investidores, apesar das "abordagens" que teve.
"Não serve qualquer investidor para o Benfica", afirmou.
Sobre a OPA, o presidente realçou ainda que tem "uma visão empresarial para o Benfica" e considerou que a altura em que foi lançada "era a ideal face ao ‘cash’ que tínhamos em caixa".
Quanto às acusações de ter lançado a OPA para enriquecer à custa do clube, Luís Filipe Vieira 'devolveu-as' a quem as fez.
"As pessoas que me acusam são aquelas que são capazes de fazer aquilo que estão a pensar", reagiu.
O dirigente confirmou que é sócio indireto (através de familiares) de José António dos Santos em duas sociedades para salientar que nunca houve "conflito de interesses" no caso da OPA.
"Nunca falei com o senhor José António sobre ações do Benfica, nunca interferi quando comprou ações do Benfica. É verdade que somos sócios em duas sociedades nas quais não há conflitos de interesses nenhum", finalizou.