Portugal
"Alguém está a mentir", diz advogado de Bruno de Carvalho
2020-01-16 11:50:00
Miguel Fonseca e os depoimentos que têm sido feitos em tribunal

O advogado de Bruno de Carvalho insiste que alguém "está a mentir" nas declarações prestadas em tribunal no âmbito do julgamento do ataque a Alcochete.

Depois de Wendel, jogador do Sporting, ter dito que "não ouviu nenhum colega dizer que não queria falar com Bruno de Carvalho", Miguel Fonseca, que representa o ex-presidente neste caso, assegura que "o que faz toda a diferença é que nenhum disse ter ouvido algum colega dizer que não queria falar com o presidente".

"Isso para mim é que é relevante. Se tiveram todos ou se um foi à casa de banho ou outra coisa qualquer não é relevante."

"Alguém mentiu aqui mais uma vez numa coisa que me parece fundamental. Foi Jorge Jesus? Estou a dizer que não podem todos ter dito a verdade." 

O julgamento prossegue na sexta-feira, com a inquirição, de manhã, de João Rolan Duarte, do ‘staff’ do clube, e, à tarde, já não vai falar o ex-futebolista italiano do clube Cristiano Piccini, que atualmente alinha no Valência, como previsto.

O processo, que está a ser julgado no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, tem 44 arguidos, acusados da coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, ‘Mustafá’, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

Os três arguidos respondem ainda por um crime de detenção de arma proibida agravado e ‘Mustafá’ também por um crime de tráfico de estupefacientes.