Portugal
Aguentamos o vírus da mesma forma que os “prolongamentos dos jogos do FC Porto”
2020-05-28 11:40:00
Rui Gomes da Silva assegura que precisa do Benfica "para tudo"

Em artigo de opinião no Jornal de Notícias, Rui Gomes da Silva, antigo vice-presidente do Benfica não esconde satisfação pelo regresso do futebol, tanto nas vitórias como nos "roubos de igreja".

Ao mesmo tempo, o ex-dirigente responde às pessoas que referem que “eu não preciso do Benfica para nada”, garantindo que precisa do clube encarnado “para tudo”, acrescentando que não se irá esconder atrás da instituição.

“Eu preciso do Benfica! Para ser feliz, para que os meus filhos sejam felizes, para que os possa educar na felicidade de ver o Benfica ganhar. Eu, confesso, preciso do Benfica para tudo! E o tudo não é esconder-me atrás do Benfica”, afirmou Rui Gomes da Silva.

O antigo vice-presidente da direção de Luís Filipe Vieira fala do surto pandémico que esteve presente na vida dos portugueses e do desporto nos últimos meses.

Gomes da Silva estabelece uma comparação, dizendo que “nós aguentamos” o vírus da mesma forma que os “prolongamentos dos jogos do FC Porto”.

“Muitos se questionam como é que os portugueses aguentaram, de forma ordeira e pacífica, tantos dias de confinamento e de adiamento do regresso à normalidade! Tenho uma explicação: aguentaram da mesma forma que nós aguentamos aqueles prolongamentos dos jogos do F. C. Porto, com tantos minutos quantos "eles" precisarem para virarem o resultado!”, salientou.

O ex-dirigente assegura, que mais tarde ou mais cedo, que a pandemia irá acabar, mas que, tal como os encontros da equipa azul e branca, “ainda vai durar uns tempinhos”.

Por fim, Rui Gomes da Silva deixa um comentário sobre as “guerras de alecrim e manjerona do futebol português”.

Para Gomes da Silva, o futebol português está envolvido numa “guerra que ninguém percebe”, mas que muitos adivinhavam que poderia acontecer.

“O que se está a discutir hoje tem a ver com quem sucede a quem, no futebol português, e se seremos capazes - ou não - de nos emanciparmos de uma tutela de interesses estratégicos”, completou.