Portugal
"Acabou o circo" e o Sporting "vai voltar a ser nosso outra vez"
2020-03-24 09:35:00
Ex-presidente assinala sete anos desde que foi eleito presidente

Bruno de Carvalho assinala, nesta terça-feira, os sete anos passados desde que foi eleito presidente do Sporting e deixa um aviso de que o clube voltará a pertencer aos associados.

"Hoje sinto-me um homem diferente. Menos ingénuo, mais cauteloso e mais receoso da maldade humana. Um homem com a perfeita noção dos seus erros e defeitos, mas continuando orgulhoso dos seus valores e princípios", destaca o ex-líder verde e branco, em publicação nas redes sociais.

Dos tempos em que liderou os destinos do Sporting, Bruno de Carvalho recorda a "grande aprendizagem, entrega total e crescimento" obtidos.

O ex-presidente está seguro de que aqueles são anos que o "enchem de orgulho" e tem a noção de ter "cumprido" o seu "dever".

Entre passado e futuro deixa uma certeza: "Lutei até onde me deixaram e continuarei a lutar mal a oportunidade me seja restituída".

Depois de salientar os projetos que apareceram nos seus mandatos, como o pavilhão João Rocha e a Sporting TV, Bruno de Carvalho nota que os leões foram "do céu ao inferno".

"Querem que acreditemos que temos de suportar este suplício de Dante apenas porque sim... Hoje grito novamente, como o fiz há sete anos: o Sporting vai voltar a ser nosso outra vez".

Bruno de Carvalho aproveitou ainda para comentar a notícia de que o presidente do Sporting e médico Frederico Varandas foi um dos militares na reserva notificado para voltar ao serviço devido à pandemia de Covid-19.

Na última semana, através do Instagram, Varandas revelou estar disponível para voltar a "servir" Portugal enquanto vigorar o estado de emergência.

Bruno de Carvalho nota que o presidente leonino vê assim com esta nota oficial do Exército cair por terra aquilo que chama de "propaganda de falso 'heroísmo'".

Além disso, o ex-presidente leonino avisa que no Sporting "acabou, de facto, o circo".

Frederico Varandas detinha licença especial para efeitos eleitorais, de acordo com a Lei de Defesa Nacional e que permite a um militar concorrer a eleições.

Essa licença caducou “com a entrada em vigor do decreto do Presidente da República”, que impôs o estado de emergência, pelo que é determinado “o regresso do militar à sua anterior situação”, ainda segundo o esclarecimento do ministério.