Duarte Gomes, antigo árbitro e atualmente comentador de assuntos relacionados com a arbitragem, avalia o trabalho da equipa de Hélder Malheiro no encontro entre Belenenses SAD e Sporting.
Recorde-se que o encontro ficou marcado pela repetição de uma grande penalidade motivou muitos protestos por parte de Rui Pedro Soares e Petit.
Indicando que o penálti foi bem assinalado, Duarte Gomes considera que a decisão de Hélder Malheiro em repetir a grande penalidade foi correta.
“O árbitro assistente indicou que o guarda-redes [Koffi] estaria adiantado. Quando paramos a imagem no momento do remate, é claro que o guarda-redes tinha os dois pés à frente da linha. E a lei diz que só pode ter um pé à frente da linha e tem que ter o outro atrás ou enquadrado com a linha”, afirmou Duarte Gomes em declarações no espaço de comentário do projeto Kickoff.
Ao mesmo tempo, o ex-árbitro deixa uma garantia em relação a este lance, caso o primeiro penálti tivesse sido convertido.
“Se tivesse sido golo, o pontapé de penálti não era repetido e o lance era validado”, indicou.
Também foi notado por Duarte Gomes que houve invasão de área na grande penalidade, mas Duarte Gomes explica as instruções dadas aos árbitros a nível nacional e internacional.
“Tem havido um rigor maior em relação aos guarda-redes do que em relação à intrusão dos jogadores à distância antes do pontapé ser executado. As recomendações que os árbitros têm é para que estejam atentos os lances em que faz a infração tira benefício”, comentou.
Como tal, o antigo árbitro espera que se mantenha a coerência neste tipo de decisões durante o que resta do campeonato.
“A única coisa que se pede, é que no futuro, para todos os jogos, para todas as equipas e com todos os árbitros haja esta coerência e esta atenção”, salientou.
Por fim, Duarte Gomes volta a falar sobre estas duas temáticas e relembra que é necessário “máximo rigor” na aplicação das regras do jogo.
Notando que estas leis podem ser aplicadas em qualquer altura, o ex-árbitro refere que, dependendo do lance, que a decisão possa ser diferente dependendo do benefício.
“É pedido máximo rigor na aplicação da lei. No fundo, nós temos leis que devem ser aplicadas, mas, em termos práticos, percebe-se que tenham um rigor diferente”, concluiu.