O presidente do Comité Olímpico de Portugal partilhou um artigo de opinião no 'Público' onde deixa reparos à forma como "a morte é explorada à exaustão" no caso de desportistas, dando o exemplo de Paulo Gonçalves e apontando para a forma como "em vida não viu reconhecidos os méritos".
"Obviamente que o exemplo do Paulo Gonçalves merece tudo quanto possa ser dito e escrito. Mas já o merecia antes. Porque é esta a ordem das coisas?", questiona Constantino, nas páginas do jornal 'Público'.
O presidente do Comité Olímpico diz que Paulo Gonçalves "nunca teve, em vida, a exaltação dos seus méritos que, agora, a narrativa celebratória e fúnebre dele discorre".
Num texto que procura ser uma reflexão, José Manuel Constantino apela a que se possa "destacar os bons exemplos, antes que a morte inapelavelmente chegue, por razões naturais, ou por ocorrência súbita".
O funeral de Paulo Gonçalves, piloto que morreu durante a sétima etapa do Rali Dakar, foi marcado para a próxima sexta-feira, um dia depois do corpo chegar a Portugal.
A Câmara de Esposende está a preparar um cortejo fúnebre, o qual deverá contar com a participação de um grupo de motards.