O leitor não estranharia se lhe contássemos que George Weah, lenda do futebol internacional e vencedor do prémio de melhor jogador do planeta da FIFA e da Bola de Ouro da France Football em 1995, entrou em campo aos 51 anos para um jogo de futebol 'a brincar', daqueles entre estrelas. Contudo, insólito é o que se passou esta terça-feira. Weah, que para além de ex-craque é Presidente da República da Libéria, representou a sua seleção nacional num jogo amigável contra a Nigéria. E estamos a falar da verdadeira seleção da Nigéria - aquela que esteve presente no Mundial e que contou com os portistas Chidozie e Kelechi Nwakali, assim como Peter Etebo, Joel Obi ou Kelechi Iheanacho, nomes bem conhecidos dos adeptos.
Com alguns (muitos) quilos a mais e a responsabilidade de dirigir um país, George Weah foi titular e jogou quase 80 minutos na derrota da Libéria por 2-1, com os golos da Nigéria a serem apontados por Henry Onyekuru e Simy Nwankwo, antigo jogador de Portimonense e Gil Vicente. De pontapé de penálti, a formação da casa reduziu em cima do apito final. O jogo serviu ainda para homenagear George Weah, um ídolo na Libéria, coma Federação de Futebol a retirar a camisola 14, número utilizado pelo antigo jogador de AS Mónaco, Paris Saint-Germain e Milan.
O Presidente da República da Libéria foi homenageado (Ahmed Jallanzo/EPA)
Num vídeo partilhado no Twitter, é possível ver George Weah a bater um livre com fino recorte técnico e a tentar jogar bonito, ainda que seja óbvio que já não consegue fazer aquilo que conseguia há 20 anos. Assim, o antigo avançado passou a somar 61 jogos pela seleção nacional, tendo 22 golos. Retirou-se do futebol (antes deste 'regresso') em 2003, ao serviço do Al Jazira, emblema dos Emirados Árabes Unidos.
President George Weah of Liberia at age 51 ?? takes a free kick and tries a few trick on @NGSuperEagles defence. You are never too old to fulfil a dream.??? pic.twitter.com/oXqOEBfsgi
— Jide Ladipo (@JideDGreat) 11 de setembro de 2018
Tudo isto aconteceu no mesmo dia em que Timothy Weah, filho de George, era titular no jogo de preparação entre os Estados Unidos da América e o México que terminou com o triunfo da formação de Dave Sarachan por 1-0. Com apenas 18 anos, Timothy já conta com cinco internacionalizações (um golo) e já integra o plantel principal do Paris Saint-Germain, clube pelo qual jogou três vezes e apontou dois golos em 2018/19. Tudo está bem encaminhado para que siga as pisadas do pai, que representou os parisienses nos anos 90.