Grande Futebol
Viviano: já foi o predileto de Mihajlovic e fora de Itália só conheceu desilusão
2018-06-18 14:00:00
Emiliano Viviano tem sido apontado à baliza do Sporting e Sinisa Mihajlovic poderá ter papel decisivo na contratação.

Perspetivam-se tempos de mudança na baliza do Sporting. A rescisão contratual levada a cabo por Rui Patrício demonstrou que a vontade do internacional português passa por não continuar em Alvalade e é aí que entra Emiliano Viviano, guardião italiano de 32 anos que tem vindo a ser constantemente apontado ao clube leonino pela imprensa desportiva nacional. Para a contratação do transalpino muito pode contribuir Sinisa Mihajlovic. O treinador sérvio está a ser dado como certo na sucessão a Jorge Jesus e treinou Viviano em 2014/15, na Sampdoria (o guarda-redes fez 30 jogos essa época), pelo que poderá ter papel decisivo para uma eventual aquisição.

Uma coisa é certa: se Viviano acabar por ir parar ao Sporting, não terá problemas no número de camisola predileto. É curioso, tendo em conta que é pouco habitual nos guarda-redes, mas o italiano é o número dois na Sampdoria. Foi essa a numeração escolhida pelo guardião após ter assinado pela Samp, depois de sucessivos empréstimos pelo Palermo. Ora bem, neste momento o “dois” é uma opção válida no Sporting e, assim sendo, Viviano poderá manter esta opção curiosa e rara no que diz respeito às balizas.

Viviano tem sido o dono da baliza da Sampdoria nas últimas quatro temporadas, com várias partidas realizadas e muita experiência acumulada pelo caminho no campeonato italiano. Chamado por seis vezes à seleção de Itália (a última ocasião remonta ao longínquo ano de 2011), o guardião realizou 27 encontros na temporada passada. De facto, Viviano tem vindo a dar-se bem com a carreira realizada no próprio país. Em quatro temporadas no clube atual o guardião disputou um total de 115 jogos. Formado na Fiorentina e no Brescia, foi no último dos dois emblemas mencionados que deu o passo para o futebol sénior. Depois de quatro épocas como titular no Brescia, seguiu-se o Bolonha FC, equipa na qual continuou a somar titularidades e minutos durante dois anos. Ainda foi co-propriedade do Inter Milão e em 2011/12 rumou ao USC Palermo, onde esteve durante uma temporada até começar a ser emprestado: primeiro à Fiorentina e depois àquele que foi o pior passo na carreira.

Viviano, o camisola "2" da Sampdoria. Crédito: Ciro Fusco/EPA.

O momento mais infeliz na vida de futebolística de Viviano teve lugar em Londres, precisamente na única época em que decidiu sair do futebol italiano. Em 2013/14, o guardião italiano rumou ao Arsenal por empréstimo, com esperança de singrar. “O Viviano é um jogador que já seguimos há algum tempo e estamos muito contentes por tê-lo contratado por empréstimo. Ele é muito experiente e provou que tem qualidade a um nível alto, e oferece-nos uma excelente cobertura aos nossos guarda-redes que já cá temos”, foram as palavras de Arsène Wenger, então treinador dos ‘gunners’ aquando da aquisição. Porém, a estadia de Viviano na capital inglesa foi tudo menos um conto de fadas… no total, zero foi o número de minutos que o guarda-redes esteve em campo com a camisola da equipa principal. Um jogo pelos sub-23 foi tudo o que ficou da passagem de Viviano por Inglaterra.

Para Viviano, a temporada que passou em Inglaterra foi, ao mesmo tempo, a pior e a melhor da carreira. Confuso, não? “Nunca joguei em Londres, treinei com diferentes treinadores com o Szczesny e o Fabianski. Nunca me tinha acontecido ficar apenas a ver. Em termos de competição, foi o ponto mais baixo [da carreira], mas para o meu crescimento foi o ano mais importante, no qual voltei a entrar no caminho certo”, considerou o guarda-redes à comunicação social italiana há cerca de dois anos. A verdade é que a única ocasião em que Viviano se aventurou para fora do país de origem, as coisas não correram às mil maravilhas… muito pelo contrário. No entanto, caso vá para o Sporting, existe a grande probabilidade de que será o titular da baliza, tendo em conta a iminente saída de Rui Patrício. Para Alvalade, o guardião italiano poderá levar inúmera experiência, uma relação de confiança com o possível futuro treinador e um gosto curioso pelo número na camisola.