Grande Futebol
Treinadores aprovam quarta substituição no prolongamento
2017-06-01 22:20:00
Daúto Faquirá e Pedro Barny falaram com o Bancada sobre o teste que a UEFA vai promover nas suas provas em 2017

Depois do anúncio de que a UEFA vai testar a quarta substituição durante o prolongamento nas provas que vai organizar em 2017 (Europeus femininos de seniores e sub-19 e Europeus masculinos de sub-21 e sub-19), dois treinadores mostraram-se a favor da ação do organismo máximo do futebol europeu.

Daúto Faquirá falou com o Bancada sobre o assunto, mostrando-se a favor da medida que a UEFA vai testar e da quarta alteração - ainda que só possa ser realizada durante o prolongamento - ao invés das três utilizadas nos dias de hoje.

"É mais uma opção, e nós sabemos que jogos que têm prolongamento são, normalmente, finais, situações limite, e as finais são decididas nas fases finais das épocas, com uma grande carga de jogos e após épocas desgastantes. Podendo colocar mais um jogador, é sempre uma mais-valia para o treinador", começou por dizer Daúto Faquirá ao Bancada.

O antigo técnico de Estrela da Amadora e Vitória de Setúbal defendeu ainda que o desgaste acumulado até aos prolongamentos faz, muitas vezes, com que os jogos se tornem menos cativantes. "Muitas vezes vemos as limitações a que chegam as equipas quando chegam aos prolongamentos, muitas vezes a arrastarem-se... São situações que acabam por tornar o jogo menos espectacular. É uma boa opção para o treinador poder faer mais uma substituição, poder alterar, não só em termos táticos, o que é o jogo mas, essencialmente, injetar sangue novo", continuou.

Também Pedro Barny, ex-treinador adjunto de Boavista ou Al-Ahly, defende o teste da mudança dos regulamentos por parte da UEFA.

"É uma medida adequada. As épocas são cada vez mais desgastantes, os jogadores chegam a este momento da temporada com muitos jogos nas pernas, estão mais sujeitos a lesões, e tratando-se de um prolongamento a situação piora", disse o antigo jogador ao Bancada, continuando: "A possibilidade de um treinador operar a quarta substituição nesse período do jogo tem um efeito positivo na partida, minimizando um pouco a forma deficitária de alguns jogadores, alguns até podem agravar lesões, e acaba também por ser benéfico para o próprio espetador na medida em que o jogo pode fluir melhor".

Barny foi ainda mais além, sugerindo que a quarta substituição seria benéfica ainda no tempo regulamentar e não só no prolongamento, o que levaria os treinadores a mudar e criar novas estratégias de jogo.

"Estou em crer que seria uma boa opção estender esta experiência não só ao prolongamento mas também aos 90 minutos. Mas primeiro é preciso ver como corre no prolongamento, verificar os efeitos positivos ou não da experiência. Se correr bem, então acho que num futuro próximo deveria ser experimentado nos 90 minutos. Seria uma opção que levaria os treinadores a imaginar novas soluções táticas, por exemplo", concluiu.