Grande Futebol
Transferência de Paulo Futre para o Barcelona foi assinada "num guardanapo"
2020-04-07 17:40:00
Antigo jogador do FC Porto revela detalhes de um negócio que acabou por cair

Paulo Futre revelou que FC Porto e Barcelona acertaram a sua transferência no verão de 1987, explicando depois o motivo pelo qual o acordo caiu.

Os dragões tinham acabado de ganhar a Taça dos Clubes Campeões Europeus e Futre era "o jogador mais cobiçado na Europa", como o próprio garantiu, numa entrevista ao Mundo Deportivo.

"Eu 'estive' no 'Barça'. Antes do famoso contrato de Messi num guardanapo... houve o meu", afirmou.

Em Viena, depois do FC Porto ter derrotado o Bayern Munique na final da prova que deu lugar à atual Liga dos Campeões, houve uma reunião numa cervejaria.

Feito o acordo entre a equipa portuguesa e o Barcelona, os dirigentes redigiram de imediato o contrato da transferência, num... guardanapo.

"Naquele momento, eu era o jogador mais cobiçado da Europa e Núñez [presidente do Barcelona] não queria que a transferência falhasse, pelo que foi assinada nessa mesma noite", explicou o antigo jogador.

Futre não esteve nessa reunião, mas foi posteriormente informado da mesma. Certo é que a transferência nunca passou do guardado para um documento válido.

"Só não vesti a camisola 'culé' porque o treinador Terry Venables descartou a minha contratação. O mesmo Venables que também descartou um tal de Van Basten que saía livre do Ajax", explicou o esquerdino que ajudou o FC Porto a vencer essa final da Taça dos Clubes Campeões Europeus.

O Barcelona voltou a tentar contratar Paulo Futre em "pelo menos três ocasiões". Na primeira, o clube teve de se 'contentar' com a segunda opção, Stoichkov.

"Eu fui a primeira opção de [Johan] Cruyff", garantiu o antigo internacional português.

"Em algum universo paralelo eu estou a receber os passes à distância de Koeman no Dream Team, mas, se começo a imaginar, prefiro sonhar com Cruyff a treinar o Atlético [Madrid] comigo, com Schuster e com o 'pichichi' Manolo. O que não consigoimaginar é como que é que grande Johan e o meu querido presidente Jesús Gil se aguentariam mutuamente por muito tempo", concluiu Paulo Futre.

Em julho de 1987, o jogador do FC Porto acabaria por assinar pelo Atlético Madrid, clube no qual se tornaria uma lenda viva.